Violência sexual representa 49,6% das agressões contra meninas de 10 a 14 anos

Violência sexual representa 49,6% das violações contra meninas de 10 a 14 anos
(Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil)

A violência sexual foi o tipo de agressão com o maior número de registros na faixa etária de 10 a 14 anos sofrida por meninas no ano de 2022. Os dados são do Atlas da Violência 2024, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta terça-feira (18).

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Nesta faixa etária, a violência sexual representa 49,6% das violações sofridas por crianças e adolescentes do sexo feminino, registradas no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). De acordo com o Ipea, as garotas foram vitimadas principalmente por homens que ocupam as funções de pai e padrasto.

(Arte: TV THATHI SBT)

Outro dado alarmante é o registro de agressões contra bebês e as crianças do sexo feminino com idade entre 0 e 9 anos. Cerca de 30,4% das violações contra estas vítimas foram atos de violência sexual.

(Arte: TV THATHI SBT)

Esses dois grupos, envolvendo crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos, foram os com maiores porcentagens deste tipo de denúncia de violações cometidas em 2022. Logo em seguida, vêm as jovens entre 15 e 19 anos, que têm 21,7% dos registros classificados como violência sexual.

Onde acontece a violência contra meninas e mulheres?

Dos casos de violência cometidas contra meninas e mulheres, 81% acontece dentro das próprias casas das vítimas. O segundo lugar com mais registros de violência contra a mulher são nas vias pública, mas o número é menos expressivo, sendo 6,1% dos casos.

A pesquisa também indica que os homens foram os principais agressores quando se trata de violência doméstica e intrafamiliar, responsáveis por 86,6% dos casos.

Violência sofrida por mães afeta filhas

O Atlas da Violência aponta ainda que 33,4% das mulheres que foram agredidas por parceiros íntimos haviam testemunhado a mãe ser agredida. Os dados vêm de uma pesquisa realizada com mulheres entrevistadas em cinco UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em uma cidade paulista.

O mesmo estudo mostrou que a chance de uma mulher sofrer violência física aumenta 92% para aquelas que já viram a própria mãe sofrer violência doméstica do parceiro íntimo e 96% se o parceiro delas presenciaram a mãe ser agredida.

A apresentadora Gabriela Leite entrevistou a advogada criminalista Amanda Santos a respeito do tema e como ele se reflete na região do Vale do Paraíba. Assista no programa Jornal de TV Thathi:

*Texto de Bianca Martins com supervisão de Julia Lopes

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