SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Duas ativistas da organização de proteção ambiental Just Stop Oil foram detidas nesta quinta-feira (20), após jogarem tinta laranja em jatinhos em um aeródromo privado no aeroporto de Stansted, nos arredores de Londres.
Por volta das 5h no horário local (1h em Brasília), Jennifer Kowalski, 28, e Cole Macdonald, 22, chegaram ao local e entraram na área onde, segundo a ONG, o avião utilizado pela cantora americana Taylor Swift havia pousado horas antes.
A estrela tem shows marcados em Londres de sexta (21) a domingo (23).
Taylor virou alvo de críticas por usar excessivamente as aeronaves privadas, que emitem uma grande quantidade de gases de efeito estufa, causadores das mudanças climáticas.
“Jennifer e Cole cortaram o cercado do aeródromo privado de Stansted, onde está o avião de Taylor Swift, exigindo um tratado de emergência para acabar com os combustíveis fósseis até 2030”, afirmou a organização no X.
Apesar disso, a polícia de Sussex afirmou que o jato da cantora não estava no local no momento do incidente.
Assim que entraram na pista do aeroporto, localizado ao nordeste da capital britânica, elas pulverizaram dois aviões com jatos de tinta laranja. Segundo a polícia, as manifestantes foram presas minutos depois do ato.
“O aeroporto e os voos funcionam normalmente”, acrescentou a polícia, que indiciou as ambientalistas por “crimes de dano e obstrução ao uso e funcionamento das infraestruturas nacionais”.
Em um comunicado da Just Stop Oil, uma das ativistas detidas nesta quinta-feira criticou “os bilionários que vivem no luxo e têm meios para voar em jatos particulares, sem se preocuparem com as condições de vida” de milhões de pessoas afetadas pelas consequências da pandemia e da crise climática.
“Os passageiros que utilizam aviões privados são responsáveis por 14 vezes mais emissões de dióxido de carbono do que os que viajam em voos comerciais”, acrescentou o grupo ambientalista.
As ações polêmicas da organização, principalmente em museus, competições esportivas e espetáculos, costumam acarretar penas de prisão para seus membros.
Na quarta-feira (19), dois ativistas pulverizaram tinta feita com amido de milho nos monólitos de Stonehenge, também na Inglaterra. O protesto ocorreu às vésperas do solstício de verão, quando milhares de turistas visitam o local.
Duas pessoas foram presas pela polícia de Wiltshire, acusadas de “degradação de monumento”, e a ação foi condenada por políticos britânicos, incluindo o primeiro-ministro conservador Rishi Sunak e seu opositor trabalhista Keir Starmer.
Redação / Folhapress