SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um policial morreu na noite desta quarta-feira (19) em confronto com criminosos durante uma tentativa de assalto a um carro-forte no aeroporto de Caxias do Sul, na serra gaúcha. Um dos suspeitos também morreu na troca de tiros.
O 2º sargento Fabiano Oliveira, 47, estava na Brigada Militar do Rio Grande do Sul há 26 anos. Ele atuava na Força Tática do 12º Batalhão, em Caxias do Sul. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
O aeroporto foi fechado temporariamente por determinação da Polícia Federal, que está fazendo uma varredura da área interna para apurar a ação dos criminosos. De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, ainda não há previsão de reabertura da pista e do terminal.
Moradores das proximidades do aeroporto registraram o tiroteio e a grande movimentação policial na região. Os criminosos teriam usado uniformes e carros parecidos com os da Polícia Federal para fazer o roubo. Eles fugiram para uma área de mata e são procurados.
O governador Eduardo Leite (PSDB) lamentou a morte do policial e determinou empenho máximo das forças de segurança para capturar os criminosos.
“Seguiremos firmes na luta contra a criminalidade, honrando a memória do sargento Fabiano Oliveira e de todos os heróis que dedicam suas vidas para proteger o nosso povo”, disse.
O Comando de Policiamento de Choque, o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Aviação da Brigada Militar foram acionados e, com as equipes do 12º Batalhão, foram para o aeroporto de Caxias do Sul para o cerco policial.
O aeroporto de Caxias do Sul é considerado estratégico para o estado em um momento de suspensão de operações no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, afetado pela enchente.
Em nota, a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) informa que acompanha as ações para a retomada das atividades no aeroporto Hugo Cantergiani, e mantém coordenação com a Polícia Federal para avaliar eventual necessidade de medidas adicionais.
A agência orienta que passageiros dos voos programados no terminal entrem em contato com as companhias aéreas responsáveis por suas viagens para eventual remarcação ou reembolso.
CRISTINA CAMARGO / Folhapress