RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Desde 2020 na Globo, Natália Lara terá o seu maior momento de exposição nas Olimpíadas de Paris, que começam em junho. A narradora fará parte da equipe fixa que atenderá somente a TV aberta.
Natália terá duas funções. A primeira e mais importante é de fazer os jogos ao vivo da seleção brasileira feminina de futebol, uma das apostas para grande audiência no evento. A segunda é a de “fecheira”, que nada mais é do que sair narrando tudo que vier pela frente, sem previsão alguma.
“Olimpíada é sempre uma imprevisibilidade, né? Você entra para fazer um remo, daqui a pouco vem uma esgrima, depois tiro com arco. Não dá pra prever, às vezes você tá no próprio futebol e acabam tentando algumas coisas no meio do caminho. Eu vou fazer o que vier”, disse Natália, em entrevista exclusiva ao F5 na última quinta (20), no evento de apresentação da cobertura olímpica do Grupo Globo.
Fazer seleção brasileira feminina em uma olimpíada é algo que Natália ainda não sabe como lidar totalmente. Mais do que um sonho, Natália começou acalentar o sonho de ser narradora quando queria ajudar o futebol feminino de alguma forma após a derrota para medalha nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Antes, ela queria ser até jogadora.
“Na Rio 2016, o estalo da narração me veio pelas meninas. Pensei: ‘Gente, eu preciso fazer alguma coisa pelo futebol feminino, sabe?’. Eu queria jogar, não pude jogar por diversas questões, inclusive financeiras, na época” comentou Natália.
Natália projeta uma audiência e repercussão maior para o futebol feminino nas Olimpíadas no Brasil em relação aos últimos anos, especialmente por causa da realização da Copa do Mundo feminina de 2027, que será sediada no país.
“É uma realização muito grande ser titular dos jogos na TV aberta. Acho que as meninas merecem demais cada um dos momentos em que a gente vai poder falar sobre elas, sobre a história delas. E, claro, a Copa do Mundo Feminina de 2027 vai ser aqui, né? Acho que não tem melhor momento pra gente mostrar o quanto elas são incríveis”, revelou.
Com passagens por CBF TV e ESPN, Natália Lara ainda parece viver um sonho. Cinco anos atrás, não imaginava estar onde está nesse momento da carreira.
“Fazer a final da Copa do Mundo feminina no SporTV foi uma realização gigante também. É sempre bom a gente ser ambicioso no bom sentido da ambição, sabe? De querer buscar mais, de querer ampliar os nossos espaços. Porque eu acho que quanto mais a gente amplia, melhor é para o mercado mesmo. Mas as vezes demora para cair a ficha”, conclui.
GABRIEL VAQUER / Folhapress