SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar prendeu em Juquitiba (SP), a 75 km da capital paulista, dois homens suspeitos de envolvimento em um roubo a carro-forte no aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul (RS), ocorrido na noite da última quarta-feira (19).
Os suspeitos foram detidos na sexta (21), na rodovia Régis Bittencourt, por agentes do 25º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano por volta das 14h. A ocorrência foi apresentada no departamento de Polícia Federal em SP.
Um suspeito e o 2º sargento da Brigada Militar Fabiano Oliveira, 47, morreram após o confronto armado.
De acordo com a Protege, seguradora responsável pelo carro-forte, os criminosos usavam “armamentos de guerra”, como metralhadoras .50 e fuzis. “O ataque aconteceu de forma desproporcional. Os vigilantes buscaram reagir da melhor forma e ficaram abrigados no carro-forte, que forneceu a proteção necessária para mantê-los em segurança e salvar suas vidas durante a intensa troca de tiros.” Um dos vigilantes foi ferido, mas está bem.
Em nota, a companhia também lamentou a morte do policial e disse que segue colaborando com as investigações.
O aeroporto Hugo Cantergiani foi fechado temporariamente na manhã de quinta (20), por determinação da Polícia Federal, para a realização de uma varredura da área interna para apurar a ação dos criminosos. Após o término da vistoria, o aeroporto reabriu no fim da manhã.
De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, apenas um voo, que partia 10h20 para o aeroporto de Guarulhos, foi cancelado.
Moradores das proximidades do aeroporto registraram o tiroteio e a grande movimentação policial na região. Os criminosos teriam usado uniformes e carros parecidos com os da Polícia Federal para fazer o roubo. Eles fugiram para uma área de mata e são procurados.
Também na quinta, o governo federal autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública no apoio ao policiamento ostensivo e preservação da ordem no Rio Grande do Sul por mais 30 dias.
A medida tem o objetivo de reforçar a segurança, ordem pública e preservação das pessoas e do patrimônio no estado, que viveu episódios de violência desde as enchentes que atingiram a região.
O aeroporto de Caxias do Sul tem estratégico para o estado RS, já que o Salgado Filho, em Porto Alegre, segue interditado.
Saques, assaltos, além de abusos sexuais, estão entre as denúncias registradas no período pós enchentes. Também em maio deste ano, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse ter ouvido, durante reunião com representantes do Conselho Estadual de Mulheres do RS, relatos de abusos contra meninas e mulheres nos abrigos que recebem os afetados pelas enchentes no estado.
A falta de estrutura causada pela destruição também impacta na dificuldade de realizar e formalizar denúncias. Apesar dos estragos, a SSP informou também que apenas sete delegacias do estado foram afetadas pelas cheias.
Para lidar com a situação, além do reforço da Força Nacional, o governo federal também enviou agentes da Polícia Federal.
Redação / Folhapress