SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A seleção brasileira estreou na Copa América nesta segunda-feira (24) apenas com um empate sem gols diante da Costa Rica, no SoFi Stadium, em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Embora tenha tido o domínio da posse de bola, a maior parte do tempo no campo de ataque, a equipe de Dorival Júnior esbarrou na retranca costa-riquenha e demonstrou uma certa ansiedade com o decorrer da partida na busca pelo gol.
Em seu quinto jogo como treinador da seleção, o primeiro em partidas oficiais, Dorival conseguiu manter a invencibilidade -duas vitórias e três empates-, mas viu o rendimento da equipe cair em comparação com as atuações nos amistosos.
Conforme antecipou na véspera da partida, Dorival fez duas mudanças em relação à formação que empatou com os Estados Unidos no último amistoso antes do torneio. O técnico promoveu as entradas de Éder Militão e Guilherme Arana, nos lugares de Beraldo e Wendell, respectivamente.
A mudança na lateral esquerda tinha, sobretudo, o objetivo de dar mais opções ofensivas para a equipe no setor, por onde costuma atuar Vinicius Jr.
A proposta de aumentar o volume ofensivo, porém, acabou travada pela opção da Costa Rica de se fechar atrás na defesa e, praticamente, abdicar de atacar, mesmo em contra-ataques.
No primeiro tempo, o Brasil teve apenas duas finalizações certas, ambas com Raphinha. Houve ainda uma terceira, que resultou em um gol anotado por Marquinhos, aos 31 minutos, mas a jogada acabou anulada por impedimento após toque de Rodrygo depois da cobrança de uma falta pela esquerda.
Além da retranca armada pelo adversário, que por vezes chegou a colocar oito jogadores na grande área, a etapa inicial ficou marcada por uma confusão envolvendo Vinicius Jr e o zagueiro Mitchell.
Enquanto os dois discutiam na grande área, o goleiro Sequeira se aproximou e teria dito algo que deixou o brasileiro visivelmente ainda mais irritado.
Apoiado por seus companheiros de equipe, o camisa 7 foi até o árbitro mexicano César Ramos para relatar o ocorrido, mas o juiz determinou a continuidade da partida. Quando a primeira etapa terminou, antes de ir para o intervalo, Vini também procurou o quarto árbitro para reclamar.
Depois do intervalo, apesar das entradas de Endrick e Savinho darem um novo gás para o ataque do Brasil no decorrer do segundo tempo, a Costa Rica conseguiu se manter fechada, correndo poucos riscos. Talvez o maior deles tenha vindo em um lance de fogo amigo, quando Mitchell errou um corte e quase mandou de cabeça contra o próprio gol, sendo salvo pelo goleiro Sequeira.
Parecia que, ainda que o jogo tivesse um terceiro tempo, o placar ficaria como terminou 0 a 0, forçado por uma mistura de sorte e competência dos costa-riquenhos com a falta de pontaria brasileira.
Brasil e Costa Rica somaram, então, um ponto e estão empatados no Grupo D.
No outro jogo da chave, a Colômbia venceu o Paraguai por 2 a 1. Daniel Muñoz e Jefferson Lerma fizeram os gols da equipe colombiana. Enciso descontou.
Na próxima sexta-feira (28), o Brasil encara o Paraguai enquanto a Costa Rica vai duelar com a Colômbia.
BRASIL
Alisson, Danilo, Eder Militão, Marquinhos e Guilherme Arana; Bruno Guimarães, João Gomes (Martinelli) e Lucas Paquetá; Raphinha (Savinho), Rodrygo e Vini Jr (Savinho). T.: Dorival Júnior.
COSTA RICA
Sequeira, Mitchell, Vargas, Francisco Calvo, Quirós e Galo; Aguilera (Taylor), Lassiter (Mora) e Brenes (Bran); Zamora (Joel Campbell) e Ugalde (Madrigal). T.: Gustavo Alfaro.
Local: SoFi Stadium, em Los Angeles (EUA)
Árbitro: Cesar Ramos (MEX)
Assistentes: Alberto Morin e Marco Antônio Bisguerra (MEX)
VAR: Guillermo Pacheco (MEX)
Cartões amarelos: Eder Militão (BRA); Calvo, Ugalde (CRC)
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Redação / Folhapress