Irmão de Assange agradece apoio do Papa, Lula, e outros

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O irmão de Julian Assange agradeceu ao que chamou de “esforço global” pela libertação do ativista australiano, e citou autoridades como o presidente Lula e o Papa Francisco.

Gabriel Shipton comemorou a libertação do irmão. “Estamos muito felizes e emocionados”, disse, em entrevista à rede de televisão norte-americana Sky News.

Ele também lembrou que as negociações demoraram anos para se concretizarem. “Foi uma campanha incrivelmente longa. (…) Levou anos, de constantes negociações, protestos, envolveu milhões de pessoas ao redor do mundo, defendendo Julian”, ressaltou.

“Conquistar a liberdade de Julian Assange tem sido um esforço global, e é crédito de todos. Do Papa, que defendeu Julian, o presidente Lula, do Brasil, o primeiro-ministro australiano. Foi um esforço global para libertar Julian”, disse Gabriel Shipton.

O fundador do WikiLeaks foi libertado da prisão no Reino Unido e passará por uma nova audiência com as autoridades dos Estados Unidos. Um acordo com a Justiça dos EUA o tirou da prisão na segunda-feira (24) e agora ele irá a um tribunal federal das Ilhas Marianas do Norte, no Pacífico.

ESTADIA EM EMBAIXADA E PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA

Assange estava em uma prisão de segurança máxima de Londres desde 2019. Antes disso, ele passou sete anos confinado na embaixada do Equador na cidade. O fundador do WikiLeaks tentava evitar sua extradição à suécia, onde era investigado por estupro. A investigação foi arquivada no mesmo ano.

O australiano era alvo da Justiça dos Estados Unidos por divulgar dados sigilosos. Ele publicou de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas, em particular no Iraque e Afeganistão.

Com 18 acusações, ele poderia ser condenado a 175 anos de prisão. Os crimes apontados contra Assange eram baseados na Lei de Espionagem do país, mas a pressão internacional para que o presidente Joe Biden retirasse as acusações já sinalizavam a possibilidade de que ele recebesse liberdade.

Redação / Folhapress

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