RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente do Fluminense Mário Bittencourt concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (25), dia seguinte à demissão do técnico Fernando Diniz.
“Estávamos tentando encontrar o caminho, mas não há nada mais importante que o Fluminense. Tentamos resgatar a performance para voltar a vencer e ver a torcida parar de sofrer. Precisamos tomar a decisão, sabendo que seria um rompimento doloroso”, disse o presidente tricolor.
O QUE MAIS ELE FALOU
Motivos para a demissão
“Acreditávamos que iríamos retomar performance e, consequentemente, os resultados. Não existe número de derrotas ou avaliação de um jogo específico. O trabalho vinha sendo analisado. Estávamos classificados na Libertadores, Copa do Brasil, e mal no Brasileiro, mas ainda no início. Acreditávamos que poderia voltar a ter performance. Já era meio ano tentando reencontrar um elo, e isso conversávamos no dia a dia. Chega um momento que, no futebol, tem o trabalho, o dia a dia, performance e resultado.
Tentamos resgatar a performance, precisávamos ver caminhos para o time voltar a vencer e parar de ver a torcida sofrer, sangrar. A gente sofre também. Foi uma decisão difícil, sabendo que seria um rompimento doloroso. A vida é feita de rompimentos dolorosos. Neste momento, era preciso romper. A que tem de ficar é o que a gente construiu”.
Renovação até 2025 anunciada há três meses
“Quando comandamos uma instituição, um clube, uma empresa, não importa, toma as decisões baseadas em conceitos que tem. No caso, quando fizemos o alongamento do contrato até o final de 2025, ela foi baseada naquilo que a gente acredita, que é tentar dar longevidade ao trabalho aos treinadores do Fluminense.
A renovação foi feita até o fim do meu mandato porque acreditava que o trabalho voltaria a dar os resultados que a gente vinha tendo. Se o contrato não fosse por tempo determinado, poderíamos ter perdido ele durante a Libertadores. Se, naquele momento, fosse contrato por prazo indeterminado, qualquer poderia ter tirado. A multa é um resguardo para os dois lados. para o clube não perder o treinador e para o treinador se o trabalho for paralisado. Quando discutimos a saída, negociamos um acordo para redução da multa e o parcelamento dela”.
Novo treinador
“O futebol tem algumas nomenclaturas antigas, “interino, auxiliar permanente”, mas o que temos aqui é um técnico permanente do Fluminense, que é o Marcão. O Marcão é um técnico muito qualificado, competente, estudioso. Tem todas as licenças e resultados importantes aqui no Fluminense.
Há um acordo para não assumir, veio para ser um cara importante nestes momentos do Fluminense. Por que sempre se efetiva o Marcão após saídas de treinadores? Porque é um trabalho diário de treinador, junto com o treinador que está aqui. Em todas as vezes que conversamos, ele sempre falou que a função é ser técnico permanente do clube. Não conversamos com técnico algum ou estafe de técnico. Não trabalhamos assim. A tendência é que o Marcão siga. As coisas podem mudar? Podem, como há um mês e três dias anunciei a renovação do treinador e nesta terça-feira (25) estou falando da saída dele”
Redação / Folhapress