Um levantamento do Procon-SP apontou que a diferença entre os valores de venda de medicamentos chegou até 551,30% entre os genéricos e de até 88,79% entre os de referência, em farmácias de São José dos Campos. A pesquisa feita anualmente encontrou diferenças expressivas nos preços de 51 remédios.
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Além disso, foram comparados os preços médios dos genéricos com os de referência, que apontou que os medicamentos genéricos são 55,73% mais baratos que os de referência.
Medicamentos com maior diferença no preço
Entre os medicamentos de referência, a maior diferença de preço encontrada foi de 88,79%. O valor de venda do remédio Amoxicilina (apresentação 500 mg 21 comprimidos) era de R$ 67,17 em um estabelecimento, e em outro, de R$ 35,58 – uma diferença de valor de R$ 31,59.
Já entre os genéricos, a maior diferença de preço encontrada foi de 551,30% no medicamento Loratadina (apresentação 10 mg 12 comprimidos). Em uma farmácia, o remédio custava R$ 32,50 e em outra por R$ 4,99, uma diferença de R$ 27,51.
Sobre a pesquisa
Os dados foram coletados entre os dias 27, 28 e 29 de maio, em oito farmácias da cidade.
O Procon-SP reforça a necessidade da pesquisa de preços antes de se fazer a compra de medicamentos.
A pesquisa foi feita com base em duas tabelas de medicamentos, contendo itens do Programa “Dose Certa”, sendo 39 da FURP (Fundação para o Remédio Popular) e 28 produtos “não FURP”. Os medicamentos que formam a pesquisa anual do Procon-SP são aqueles mais vendidos sem a necessidade de receita médica.
Procon-SP orienta
Farmácias e drogarias não podem cobrar pelos medicamentos preço acima do permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) – órgão responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil.
A lista de preços máximos (PMC) é disponibilizada no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para consulta dos consumidores e é atualizada mensalmente.
Respeitado o PMC, as variações de preço encontradas no mercado podem ocorrer em razão dos descontos concedidos pelos estabelecimentos, de acordo com critérios livremente estabelecidos pelo fornecedor.
Medicamentos controlados, ou seja, os que possuem tarja preta na sua embalagem, antibióticos e alguns outros definidos pela Anvisa não podem ser vendidos sem apresentação e retenção da receita médica original. Assim, os sites podem oferecer o remédio, informar o seu preço, mas não podem fornecê-los sem a prévia apresentação e devida retenção da receita.
Alguns medicamentos podem ser adquiridos por meio de programas sociais que são oferecidos pelo governo federal, estadual ou municipal, de forma gratuita ou com grandes descontos. Antes de comprar, recomenda-se que o consumidor verifique se o medicamento que necessita se enquadra em algum desses programas.
Todo medicamento deve possuir o número de registro no Ministério da Saúde.