Identificação e experiência com Z4 levam Corinthinas a buscar Carille

SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A identificação e o histórico recente de luta contra o rebaixamento fazem o Corinthians priorizar Fabio Carille para substituir António Oliveira.

O presidente Augusto Melo sempre viu Carille como “nome ideal” e crê que o Corinthians vai conseguir o acerto. A multa rescisória no Santos é de R$ 2 milhões.

Fabio Carille deu o aval para a negociação. Ele está incomodado no Peixe e vê com bons olhos o retorno.

Augusto entende que o Corinthians não pode ousar. O time é vice-lanterna do Brasileiro, com apenas nove pontos em 13 jogos.

Carille foi auxiliar antes de vencer Campeonato Brasileiro e três estaduais pelo Corinthians. A direção acredita que ele pode trazer a paz para o clube.

O histórico recente de luta contra o rebaixamento também pesa a favor. Ele ajudou o Santos a continuar na Série A em 2021.

Melo tem boa relação com Marcelo Teixeira, presidente do Santos, e tenta um acordo amigável para ter Carille o quanto antes. Os salários no Corinthians seriam consideravelmente maiores.

O Corinthians enfrenta o Vitória nesta quinta-feira (4), na Neo Química Arena. Raphael Laruccia, do sub-20, assumiu interinamente e pode comandar a equipe neste desafio.

INCÔMODO NO SANTOS

Carille teve atritos recentes com o presidente Marcelo Teixeira sobre a busca por reforços e a utilização da base.

O UOL apurou que a diretoria não se animou com Marcelo Grohe e Igor Rabello pela idade, mas depois tentou a contratação de ambos, por exemplo, irritando o treinador pelo insucesso nas negociações.

A diretoria alegou que não tem dinheiro recentemente, mas pouco tempo depois fez proposta milionária pelo Gabigol e até perguntou quanto precisaria pagar pelo caro Róger Guedes, mostrando pouca convicção.

Carille também desaprova a rotina no CT Rei Pelé. Marcelo Teixeira Filho não tem cargo oficial, mas possui rotina diretiva e autoriza amigos a frequentarem o ambiente do elenco e até fazer avaliações de possíveis reforços.

Outro caso de divergência é a cobrança pública de Marcelo Teixeira para Carille usar mais a base. O técnico argumenta que sempre resolveu problemas internamente.

Marcelo sente que o técnico foi para o “all-in” na vitória do Santos sobre a Chapecoense, na última segunda-feira (1º). Ele colocou Jair e Weslley Patati como titulares e ainda pôs Souza e Matheus Xavier no segundo tempo, todos da base. Jair e Patati foram de não relacionados ao 11 inicial.

O gol de Willian Bigode com assistência de Souza no fim do jogo não foi comemorado por Carille. Desanimado, o técnico argumentou em entrevista coletiva que “não treinou a jogada”.

O cenário para o técnico no Santos parece de fim de festa enquanto o Corinthians esfrega as mãos para tê-lo de volta.

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress

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