RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Mano Menezes foi apresentado como novo técnico do Fluminense na tarde desta quarta-feira (3), no CT Carlos Castilho. Ele chega para substituir Fernando Diniz, demitido no último dia 24.
“É um desafio de dificuldade, mas acredito muito naquilo que podemos fazer e por isso estou aqui. Ao aceitar o convite, resumo a crença que tenho nesses jogadores e na qualidade que eles têm. Vamos tentar estancar os resultados negativos em um primeiro momento. É sempre importante, em um tempo curto, tomar as decisões certas, porque isso dá tranquilidade aos jogadores neste momento, e para a torcida”, afirma Mano.
O treinador estava no mercado desde o início de fevereiro, quando foi demitido do comando do Corinthians.
O Tricolor carioca está na lanterna do Brasileiro, com seis pontos. O time não vence há sete partidas, sendo seis derrotas consecutivas.
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O QUE MAIS ELE DISSE
Elenco do Fluminense
“Acho que o elenco do Fluminense é muito qualificado tecnicamente, muitos jogadores vencedores, experientes, e o valor desses jogadores, neste momento, é muito grande. O futebol nos remete a momentos bons e difíceis. Neste momento, para não oscilar, criar crises, principalmente emocionais, [a experiência do elenco] tem um valor. Equilibrar uma equipe é sempre uma missão para todos os técnicos, e eu não sou técnico que partilha de apenas uma ideia de jogar. Todas as ideias são boas, mas para serem boas, tem de ser bem executadas. Temos jogadores inteligentes, alguns trabalharam comigo, e acredito que o Fluminense, quando foi me convidar, também sabe que será assim.
Este momento requer experiência e equilíbrio, e a características dos jogadores não atrapalha o que eu penso para a equipe. O que manda no futebol é o rendimento. Se tem 36 [anos], 32, 30, tem de render bem, e eles têm a capacidade de render bem”.
Reencontro com Renato Augusto, após Corinthians
“O Renato entra na relação dos jogadores com mais qualidade técnica que temos no futebol brasileiro. vai ser importante para a gente da mesma forma que outros jogadores do elenco”.
Mudança de estilo de jogo. “Eu não sei o número de treinadores que temos no Brasil, mas todos que chegarem para substituir o Diniz, mudariam o jeito de jogar porque o jeito do Diniz é único. [Vão acontecer]
Mudanças maiores ou menores, mas teremos, não vai ser uma ruptura grande do dia para a noite, porque dois anos, dois anos e meio, se fica uma ideia. E esse ideia se tornou vencedora, fica mais ainda na cabeça dos jogadores, mas como no futebol a dureza é sempre iminente, daqui a pouco as coisas não funcionam como antes. Tenta explicação, mas não encontra facilmente. O que eu pensava no ano passado, não é o que eu penso nesta quarta-feira (3). Vai alterando porque é assim que funciona. comportamento também muda. Vamos fazer alguns ajustes e, gradativamente, vamos fazer essa transição de modo seguro”.
Diagnóstico do momento do Fluminense
“O Fluminense está dentro de um contexto de dificuldade, certamente, não dá para você olhar de fora no futebol e fazer diagnóstico. Porque sem conhecimento de perto daquilo que é realmente o dia a dia de um clube, você tem uma ideia. Mas certamente a ideia que você tem de fora às vezes não corresponde à veracidade dos fatos. Em momentos os ruins se passam, vamos trabalhar. Essa palavra meia sem graça, que não tem muita coisa, é trabalho, trabalho, respeito profissional, cobrança, porque é necessário que seja assim. Nós nos cobramos muito no futebol, o pessoal de fora olha e acha que está passando por um momento, mas é só a gente sofrer”.
Tempo curto antes da estreia
“Sou técnico de futebol, aceito desafios, construo trabalhos e essa é minha vida. Aceitei o convite por entender que tenho capacidade em uma hora como essa agregar experiência de ter passado por muitas situações no futebol e liderar o processo, que é um dos papeis do treinador. Os jogadores nessa hora se sentem mais frágeis e ao enxergar alguém que em outros momentos já esteve com eles e conseguiu resultados, passa a enxergar a possibilidade de retomada”.
André está recuperado?
“André já está recuperado e vai jogar, sim, contra o Internacional. É o único que está escalado, os outros 10 eu vou manter em sigilo – afirmou o treinador”
Redação / Folhapress