Dorival cai na real e já admite problemas na seleção brasileira

SANTA CLARA, EUA (UOL/FOLHAPRESS) – Dorival Junior sempre adotou o discurso de que estava mais contente do que preocupado com as atuações da seleção brasileira. Isso mudou na última terça-feira (2) após o empate por 1 a 1 com a Colômbia. Pela primeira vez, o treinador admitiu que o time apresentou problemas.

PROBLEMAS

Dorival viu a saída de bola do Brasil como problemática. A Colômbia subiu a marcação e forçou erros da seleção: em um deles, Alisson entregou a bola nos pés do adversário, que finalizou para o próprio goleiro se salvar com boa defesa.

A seleção brasileira foi dominada pela Colômbia durante a maior parte do jogo. Os colombianos tiveram mais posse de bola, ditaram o ritmo do jogo e desperdiçaram chances claras para vencer.

No campo ofensivo, a seleção passou longe de criar boas chances de gol. Segundo o Sofascore, a Colômbia criou três grandes chances contra nenhuma do Brasil. A estatística de ‘gols esperados’, que leva em conta a chance de marcar o gol de acordo com a posição de cada finalização, apontou 0,29 gol para o time de Dorival Jr e 1,45 para os colombianos.

DORIVAL CAI NA REAL?

O Brasil fez sua pior partida na Copa América e os números comprovam o fato. O time de Dorival Jr foi pior em diversos aspectos na comparação deste jogo com os outros dois.

– Finalizações: média de 14 por jogo; metade disso, sete, contra a Colômbia

– Passes: média de 492 por jogo; 371 contra a Colômbia

– Assistências para finalização: média de oito por jogo; somente três contra a Colômbia

– Posse de bola: média de 57% por jogo; 48,6% contra a Colômbia

O mapa de calor da seleção brasileira também mostra que o time passou quase todo o jogo em seu campo defensivo. Todos os dados são do Footstats.

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O QUE DISSE DORIVAL

Saída de bola ruim

“De um modo geral, não vinha sendo problema (a criação de chances). nesta quinta-feira (4) tivemos dificuldade na saída de bola e proporcionamos retomadas perigosas à frente da nossa área. Não vinha sendo um fato que nos preocupasse pelas opções que sempre tivemos. Nosso quadrado dificultou nossa saída. Eles adiantaram muito bem a marcação e tem um trabalho de encaixe quase perfeito. A análise a respeito da equipe colombiana era essa: que nos traria muitas dificuldades pelo encaixe.”

Time em construção

“Essas oscilações vão acontecer. É uma equipe em formação e não podemos esquecer disso. Tivermos dificuldades que não vínhamos tendo. O nível do Colômbia é diferente nesta quinta-feira (4), 23 partidas sem derrota. Porém, tivemos 1 a 0 a favor e uma jogada que poderia resultar no segundo gol nos tira a possibilidade de administrar o resultado. Em muitos aspectos, as coisas já evoluíram. De repente, em momento ou outro, teremos mais dificuldade por causa desse processo que ninguém escapa.”

Entrada de Ederson e Douglas Luiz

“Estávamos perdendo o meio-campo. Seria muito simples colocar mais dois atacantes, abriria desnecessariamente uma equipe que não estava compacta e não encontrava os ajustes para uma saída de bola consistente e diminuir o espaço dos jogadores de criação adversária. Eles não vinham encontrando infiltrações, a não ser em erros nossos na saída de jogo. Reforcei o meio com jogadores mais frescos para termos uma disputa mais igual.”

EDER TRASKINI / Folhapress

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