SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A seleção brasileira enfrentará um Uruguai bem diferente neste sábado (6), às 22h, pelas quartas de final da Copa América.
O Uruguai se transformou sob o comando de Marcelo Bielsa e deixou de ser a seleção que se defendia até com nomes como Suárez, Cavani e Forlán.
O time Celeste se “abrasileirou”, tanto pelos jogadores do Campeonato Brasileiro quanto pelo estilo ofensivo apresentado na competição sul-americana.
O Uruguai tem seis jogadores da Série A: três no time titular Rochet (Internacional) e Viña e De La Cruz (Flamengo) e três entre os reservas: Varela e Arrascaeta (Flamengo) e Canobbio (Athletico).
A equipe de Bielsa apresentou um futebol melhor em relação ao time de Dorival na primeira fase e tem 100% de aproveitamento, com vitórias sobre o Panamá (3×1), Bolívia (5×0) e Estados Unidos (1×0).
O Uruguai teve o melhor ataque e marcou nove gols, quatro a mais que o Brasil, além de finalizar mais (50 contra 44).
A seleção uruguaia tem cinco jogadores fora da Europa no time titular, enquanto o Brasil não tem nenhum. Rochet (Internacional), Viña (Flamengo), Nández (Al-Qadsiah), Maximiliano Araújo (Toluca) e De La Cruz (Flamengo) não atuam no Velho Continente.
Além de Darwin Núnez no comando do ataque, o Uruguai se destaca por um meio-campo sólido e muito elogiado composto por Ugarte (PSG), Valverde (Real Madrid) e De La Cruz (Flamengo).
Valverde e Ugarte se consolidaram como dupla de volantes de Bielsa, enquanto De La Cruz e Arrascaeta se alternam na armação. No Brasil, o trio de Premier League João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá ainda está longe de empolgar.
O Uruguai venceu o Brasil de Fernando Diniz por 2 a 0 em outubro de 2023, cresceu desde então e pela campanha na Copa América pode ser considerada favorita contra o Brasil em busca da semifinal.
LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress