BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), 77, afirmou nesta quinta-feira (4) que recebeu diagnóstico de linfoma não Hodgkin. Ele disse que passou por uma cirurgia bem-sucedida recentemente e que irá continuar com o tratamento contra a doença.
Ele também afirmou que sua pré-candidatura à eleição está mantida. Segundo Noman, o médico o tranquilizou e afirmou que há um excelente prognóstico do sucesso do tratamento.
“Foi com a familia reunida que tomei a decisão de continuar no cargo de Belo Horizonte da mesma forma que fiz até agora, trabalhando muito e aparecendo pouco. Continuarei sendo pré-candidato à reeleição, da mesma forma que planejei antes. Trabalhando na prefeitura de segunda a sexta e fazendo campanha aos finas de semana”, disse em pronunciamento na prefeitura.
“Tenho que prevenir a todos, uma coisa vai mudar: meus cabelos vão cair, e vou perder peso. Ainda não sei se vou perder o bigode, espero que não, para felicidade da Mônica, minha esposa”, disse Noman, ao lado da esposa.
Noman assumiu a prefeitura em março de 2022, após a renúncia do então prefeito Alexandre Kalil (PSD) para disputar a eleição para o governo de Minas Gerais. Desde então, sua gestão foi marcada por embates com a Câmara de Vereadores, como no caso da CPI da BHTrans, concessionária do transporte público da cidade.
“Digo a vocês com tranquilidade e convicção que me sinto ainda mais forte para terminar as obras contra as enchentes em Belo Horizonte e com mais energia para continuar cobrando das empresas de ônibus que melhorem o serviço na cidade”, afirmou o prefeito nesta quinta.
O linfoma não Hodgkin é o oitavo tipo de tumor mais frequente, sem considerar os de pele não melanoma, de acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer).
Linfomas são tumores que se originam nos gânglios linfáticos, que são conglomerados de células de defesa (linfócitos). Eles vêm em múltiplos tipos. A primeira divisão que se faz é entre linfoma de Hodgkin e não Hodgkin.
Os linfomas não Hodgkin são uma família de tumores -mais de 50 subtipos, segundo o Inca. O difuso de grandes células B e os foliculares são os mais comuns. “Dentro desse grupo de tumores tem várias entidades com comportamentos clínicos, epidemiologia e tratamentos próprios”, explica Vladimir Cordeiro de Lima, oncologista clínico do A.C. Camargo Câncer Center.
Em busca da reeleição, Noman tenta fugir da polarização nacional para chegar ao segundo turno da eleição em Belo Horizonte. Ele esbarra, porém, no desconhecimento de parte da população apontado por pesquisas.
Em sabatina promovida por Folha de S.Paulo e UOL no mês passado, minimizou o fato de ser desconhecido por uma parcela do eleitorado, destacando que a população ainda não está preocupada com o processo eleitoral. Disse acreditar que vai avançar nas pesquisas na medida em que as pessoas conheçam seu trabalho.
ARTUR BÚRIGO / Folhapress
