Uruguaios explicam pancadaria após queda na Copa América’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O goleiro Rochet, o zagueiro José Giménez e o atacante Luis Suarez, da seleção uruguaia, explicaram a confusão com jogadores e torcedores colombianos após o jogo pela semifinal da Copa América. A Colômbia venceu por 1 a 0 e avançou à final, já o Uruguai disputará o terceiro lugar.

O QUE ELES FALARAM

“Tudo começou com um erro do Borja [atacante da Colômbia]. Ele é profissional e tem que mostrar grandeza. Outro dia vencemos [o Brasil] e cumprimentamos os rivais. É uma falta de respeito. Ele deve valorizar o rival e a tristeza que temos do outro lado, mas “o de cima” sempre está olhando, e tudo volta. […] Contra o Brasil, ninguém passou na frente de nenhum jogador brasileiro. Pelo contrário, fomos cumprimentar. Somos colegas dentro de campo, sabemos o sentimento de uma derrota”, disse Suárez.

A confusão se estendeu para as arquibancadas, e os jogadores uruguaios correram para ajudar seus familiares. Araújo e Darwin Núñez foram alguns dos atletas envolvidos na briga.

“Eram os [torcedores] colombianos que estavam criando o problema, eles (jogadores colombianos) deveriam ter vindo para acalmar as águas, nós os respeitamos. Teria sido bom contar com a empatia dos jogadores colombianos, mas isso é com eles. Felizmente, as famílias já foram para o hotel. Passamos por um momento feio que obviamente lamentamos, não é legal ver esses problemas e ver sua família a dois metros de distância”, disse Rochet.

“Foi um desastre, uma parte da torcida atacando as nossas famílias, muitos de nós com crianças pequenas. Espero que os organizadores percebam, isso acontece sempre, torcedores embriagados que se comportam assim”, afirma Giménez.

Presidente da Associação Uruguai de Futebol apontou “reação natural” dos jogadores em defesa dos familiares. Ignacio Alonso ainda criticou a organização da Conmebol.

Os jogadores uruguaios tiveram uma reação instintiva, natural, que é defender as crianças que estavam sofrendo ataques, suas esposas, pais, irmãos. É uma reação natural, instintiva, que ocorreu com racionalidade pelo que os jogadores eram. Em todos os torneios as famílias estão nas arquibancadas, normalmente há algum cordão ou algo parecido, principalmente para um estádio que teve 95% comprado antes do início da Copa América. Ignacio Alonso, presidente da Associação Uruguai de Futebol

CONMEBOL CONDENOU A BRIGA

A entidade afirmou que “condena energicamente qualquer ato de violência no futebol”. A nota oficial foi publicada no perfil da Conmebol no X, antigo Twitter, na madrugada desta quinta-feira (11).

Não há lugar para intolerância e violência dentro e fora do campo. Convidados a todos, nos dias que restam, a voltar toda sua paixão no apoio a suas seleções e em ter uma festa inesquecível

Redação / Folhapress

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