SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Após a morte da piloto Juliana Turchetti em um acidente aéreo, autoridades dos Estados Unidos lamentaram o ocorrido e agradeceram pelo trabalho da brasileira.
O governadores de Montana e Idaho publicaram uma nota de pesar pela morte de Juliana. Greg Gianforte e Brad Little, em pronunciamento conjunto, disseram estar ”profundamente tristes” com a notícia.
”É um verdadeiro ato de bravura correr em direção ao fogo”, acrescentaram. A piloto atuava para combater um incêndio de Horse Gulch, em Helena, no momento do acidente.
Os governadores ainda chamaram Juliana de ”heroína”. ”Nós nos juntamos a todos os habitantes de Montana e Idaho em oração pela família e amigos”, afirmaram.
A USDA (Serviço Florestal dos Estados Unidos, na tradução livre) de Montana disse que a brasileira ”deu o sacrifício final” no combate. ”Nossos corações estão pesados e ela não será esquecida”, contou o órgão em nota.
Dezenas de amigos e colegas de trabalho dos EUA deixaram mensagens pelas redes sociais. ”Ela tinha grande paixão por tudo que fazia e fez amizade com todos ao longo do caminho”, escreveu uma amiga de aviação.
O avião de Juliana, de 45 anos, teria atingido um banco de areia e despedaçou na água. O acidente aconteceu por volta das 12h10, no momento em que três aviões-tanque monomotores estavam pegando água para apagar os focos de incêndio.
Barcos de busca e salvamento foram acionados. O corpo da piloto brasileira foi encontrado por volta das 17h. “Estava enchendo e então, de repente, não sei se ele pegou uma onda ou o que ele fez… mas nós só vimos uma grande coluna de fumaça”, disse Lorrie Bernardi, que testemunhou o acidente.
O NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes) e o FAA (Administração Federal de Aviação) irão investigar o caso. Natural de Contagem (MG), Juliana é considerada a primeira piloto brasileira a voar um turboélice e um FireBoss nos Estados Unidos.
Redação / Folhapress