Um tamanduá-bandeira que sofreu queimaduras em 90% do corpo morreu após ser atingido por um incêndio em uma mata próxima à Rodovia Marechal Rondon, em Araçatuba (SP). O incêndio, ocorrido na tarde de segunda-feira (15), destruiu uma área equivalente a 80 campos de futebol. A tamanduá, que estava grávida, não resistiu aos ferimentos, assim como seu filhote. O animal foi internado na clínica veterinária da Universidade Estadual Paulista (Unesp), mas não sobreviveu à gravidade das queimaduras.
A Polícia Rodoviária informou que cerca de 800 mil m² foram devastados pelo fogo, que começou próximo à Universidade Salesiano e se alastrou até a Unesp. As chamas não atingiram prédios ou instalações e foram controladas pelo Corpo de Bombeiros. O tamanduá-bandeira, considerado um “fóssil vivo” e essencial para o equilíbrio ecológico por controlar populações de formigas e cupins, é uma espécie cuja vulnerabilidade preocupa os pesquisadores, especialmente devido à perda de habitat e às queimadas frequentes.
Em outro caso de ameaça à fauna brasileira, uma jaguatirica macho adulta foi atropelada na Rodovia Washington Luís (SP-310), em São José do Rio Preto (SP). O motorista envolvido fugiu e não foi identificado. O animal, da espécie Leopardus pardalis, foi recolhido pela concessionária da rodovia e a Polícia Ambiental foi acionada. Conforme o decreto estadual e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a jaguatirica está classificada como “vulnerável”, indicando um alto risco de extinção a médio prazo devido às preocupantes alterações ambientais e à redução populacional.
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