A Justiça de Valparaíso (SP) condenou dois homens por tráfico de drogas, após serem presos em agosto do ano passado pela Polícia Civil de Araçatuba com 240,5 quilos de cocaína em um canavial em Bento de Abreu.
Sentenças:
- Adair José Lopes Pires: Com antecedentes criminais, foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, em regime inicial fechado.
- Cleber do Carmo Albino: Primário, foi condenado a 4 anos, 5 meses e 10 dias de prisão, em regime inicial semiaberto.
O juiz da 1ª Vara Criminal de Valparaíso, Eric Douglas Soares Gomes, negou aos réus o direito de recorrer em liberdade. No entanto, o advogado de defesa, Milton Walsinir de Lima, explicou que o tempo já cumprido será contabilizado. Cleber Albino, próximo de completar um sexto da pena, deve progredir para o regime aberto em breve.
Prisão
Os réus foram presos em 24 de agosto de 2023, pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba, após investigações apontarem uma organização criminosa especializada no tráfico de cocaína em Birigui. A polícia descobriu que uma grande quantidade de droga estava escondida em um canavial em Bento de Abreu, próximo a uma pista utilizada por aeronaves agrícolas.
Durante três dias, os investigadores se revezaram em vigilância no local, até surpreender os dois homens que chegaram em um VW Gol. Um dos acusados confessou que estavam lá para buscar a droga escondida. No local indicado, a polícia encontrou 220 tijolos de cocaína, nove galões de gasolina e um funil, supostamente para reabastecer um helicóptero que transportaria a droga. Um dos presos afirmou que receberia R$ 7 mil para levar a droga para outro canavial em Birigui, mas não revelou o contratante.
Denúncia e Defesa
O Ministério Público acusou os dois homens de tráfico de drogas e associação ao tráfico, mas a segunda acusação foi rejeitada. Em juízo, os réus negaram a posse da droga, alegando que estavam caçando javali na fazenda e foram abordados pela polícia.
Pires afirmou que estava caçando quando um policial o levou até onde estava a droga. Albino disse que conheceu Pires em um bar em Birigui e foram juntos caçar javali na fazenda. Apesar das alegações, o juiz considerou que as provas indicavam que os entorpecentes pertenciam aos réus e estavam destinados ao tráfico, mas não houve evidências suficientes para provar uma associação estável entre eles para o tráfico de drogas.