Biden se confunde e diz que aluguel não pode subir mais de US$ 55, em vez de 5%

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve mais um lapso durante um evento de campanha em Las Vegas nesta terça (16) quando disse que vai propor um teto para que aluguéis não subam mais do que US$ 55, ou apenas R$ 300 -ele quis dizer 5%.

Biden lia um discurso na convenção nacional da NAACP, tradicional associação dos direitos civis e do movimento negro nos EUA. Ao chegar no trecho em que falava de um plano para combater o aumento do custo de vida do país, o presidente, hesitando e com visível dificuldade de enxergar o que estava escrito no teleprompter, disse: “a ideia de que locadores podem subir o valor do aluguel para US$ 300, US$ 400 dólares por mês ou algo assim… Estou prestes a anunciar que eles não podem subir mais que… US$ 55”.

O lapso se soma a uma série de confusões e erros do presidente, como quando chamou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, de presidente Putin, ou quando confundiu sua própria vice, Kamala Harris, com Donald Trump durante uma entrevista coletiva na última quinta (11).

Biden enfrenta forte pressão interna do Partido Democrata para que desista da candidatura em meio ao temor de uma derrota para Trump nas eleições de novembro. O cabo de guerra começou logo depois do primeiro debate entre os dois candidatos, durante o qual a performance desastrosa de Biden causou pânico entre seu partido.

O plano mencionado por Biden no evento da NAACP propõe cortar benefícios fiscais para proprietários que aumentem o valor do aluguel em mais de 5% por vez. A legislação, que precisaria passar pela Câmara dos Deputados, onde os democratas não têm maioria, só se aplicaria a locadores com mais de 50 unidades, afetando cerca de 20 milhões de contratos de aluguel no país.

A proposta faz parte de uma tentativa de reação de Biden, que enfrenta ainda projeções desfavoráveis nas principais pesquisas eleitorais –a média de levantamentos do site FiveThirtyEight coloca o democrata dois pontos percentuais atrás de Trump, com resultados piores em estados-chave.

Como parte dessa nova investida, o presidente deve anunciar ainda um pacote para reformar a Suprema Corte, que tem uma maioria conservadora e vem tomando decisões que favorecem Trump e os republicanos. O pacote quer acabar com a posição vitalícia dos juízes e colocar em lei um código de ética que os magistrados precisariam seguir.

Redação / Folhapress

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