SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu, na quinta-feira (18), a pianista Maria Josephina Mignone, uma das instrumentistas mais importantes do Brasil, aos 101 anos. A musicista sofreu uma queda em casa e estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o fim de junho, onde passou por uma cirurgia. Ela morreu por complicações derivadas de uma pneumonia, segundo pessoas próximas.
Nascida em Belém, Maria Josephina se encantou logo cedo pelo piano. Ainda jovem, estudou na Fundação Carlos Gomes, em Belém, antes de conseguir uma bolsa e se mudar para o Rio de janeiro para estudar com Liddy Chiaffarelli Mignone, então casada com o maestro Francisco Mignone.
A professora morreu em 1962 e, dois anos depois, Francisco se apaixonou por Maria Josephina, que se casou com o maestro e adotou seu sobrenome. Com o casamento, surgiu a dupla artística, que se apresentou por 14 anos até o maestro morrer, em 1986.
A paixão do casal ficou registrada em “Cartas de Amor”, coletânea de correspondências do dois publicada por Maria Josephina em 2018. Agora, as cinzas da pianista serão levadas ao Rio de Janeiro por sua filha, Annete Rubin, onde ficarão lado a lado com as de seu marido.
O último trabalho de Maria Josephina foi o álbum de música erudita “Chico Bororó – Um Jovem Mignone”, de 2019, em que ela e a cantora lírica Neti Szpilman apresentam obras de Francisco publicadas sob o pseudônimo que dá nome ao disco.
Redação / Folhapress