RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, continua operando parcialmente com uso de geradores. A situação ocorre desde a última quinta (18), quando houve o rompimento de um cabo da rede que alimenta a energia elétrica da Ilha do Governador, na zona norte, onde fica o aeroporto.
Em nota, a assessoria do RIOgaleão informa que, “desde quinta-feira, seu sistema de geradores mantém a operação aeroportuária sem impactos. No entanto, algumas áreas podem apresentar desconforto térmico ao passageiro por causa do restabelecimento parcial de energia fornecida pela Light ao sistema de ar-condicionado na madrugada de segunda-feira (22)”.
Procurada novamente nesta terça (23), a Light não se posicionou. No sábado (20), a concessionária afirmou que o apagão na Ilha do Governador ocorreu devido a um defeito na rede subterrânea, quando a “empresa precisou fazer uma parada emergencial em trechos de alguns bairros para reparar o sistema que abastece a região”. Afirmou, ainda, que a energia havia sido totalmente restabelecida na madrugada de sábado.
Moradores afirmam ter ficado cerca de 48 horas ininterruptas sem luz, desde as 7h de quinta-feira. A energia foi restabelecida integralmente na região por volta das 5h de sábado.
Nas redes sociais, clientes afirmam que o problema é recorrente, trazendo prejuízos.
No dia 14, o prefeito Eduardo Paes (PSD) chegou a cobrar o que chamou de “mão firme do governo federal” para obrigar a concessionária a fazer investimentos “necessários e definitivos”. “Sem capacidade de investir, essa concessão não merece ser renovada”, disse.
Paes voltou a criticar a Light na sexta (19), prometendo “jogar duro” com a empresa -ainda que a concessão seja federal, não municipal.
O prefeito, que concorrerá à reeleição em outubro, anunciou uma ação civil pública para que a companhia responda por uma suposta negligência. Também declarou que o Procon Carioca multou a Light em R$ 13,6 milhões devido a falhas no abastecimento de energia.
“Vamos jogar muito duro por esses absurdos com o consumidor carioca, com a população da Ilha do Governador. Não é uma concessão municipal, senão poderia jogar mais duro, mas não vamos ficar quietos assistindo a esses absurdos”, afirmou Paes.
BRUNA FANTTI / Folhapress