O Mapa de risco de incêndio da Defesa Civil estadual aponta nível de emergência no Vale do Paraíba até o fim do mês de julho. O tempo seco, a baixa umidade relativa do ar e a amplitude térmica são os principais fatores de risco.
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De acordo com a Defesa Civil, os modelos meteorológicos indicam que até a primeira semana de agosto não há previsão para chuva o que, consequentemente, aumentam os riscos para foco de incêndios, atingem níveis críticos de qualidade do ar e prejudicam a saúde pública. Durante o período de estiagem, a Defesa Civil intensifica as orientações e monitoramentos.
No Vale do Paraíba, a umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 30%. A previsão do tempo na região terá grande amplitude térmica, com temperaturas mínimas de 4ºC e máxima de 22ºC.
O meteorologista André Penaforte, da Defesa Civil, explica que esta amplitude térmica, onde a diferença entre as temperaturas máxima e mínima é grande, é comum neste período do ano. “É algo típico do período em que estamos passando, isso porque no decorrer do período noturno, por conta de uma menor nebulosidade, a atmosfera tende a se esfriar mais, deixando aquela sensação típica de frio, porém no decorrer do dia, com a presença do sol e da pouca nebulosidade, a temperatura tende a subir gradativamente, criando assim a sensação térmica de calor”.
Com isso, os cuidados com a saúde incluem hidratação constante, beber bastante água e se proteger do sol. A prática de atividade física ao ar livre deve ser evitada nos horários mais críticos do dia e é recomendado o uso de soro nos olhos e nariz.
Orientação de prevenção às queimadas
De acordo com estudos promovidos pelo governo paulista, em 2023 mais de 90% dos 158 focos de incêndio em áreas protegidas tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas, de acordo com o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
Diante disso, medidas de prevenção devem ser adotados também pela população, como: não colocar fogo em áreas de vegetação seca, não jogar bitucas de cigarro em beiras de rodovias, não realizar a limpeza da área rural utilizando técnicas com fogo, não queimar lixo e não soltar balão.
Diariamente, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) encaminha o Mapa de Risco de Incêndio para todas as Coordenadorias Municipais. Àquelas que estão inseridas em uma área com risco mais elevado recebem um indicativo de alerta. Deste modo, são adotadas medidas de prevenção como vistoria nas áreas mais suscetíveis às queimadas, construção de aceiros e intensificação das campanhas de conscientização junto à população.
A explicação para o risco elevado de incêndios florestais é a ausência de chuva e a baixa umidade relativa do ar em todo território paulista.