Opositor pede que militares garantam ‘vontade do povo’ nas eleições da Venezuela

CARACAS, VENEZUELA (FOLHAPRESS) – A menos de três dias de eleições na Venezuela, o nome da oposição, Edmundo González, pediu nesta quinta-feira (25) que os militares ajudem a assegurar um processo democrático e confirmou que seu plano de governo só será apresentado pós-votação, algo atípico.

“Confiamos que nossas Forças Armadas façam a vontade do nosso povo ser respeitada”, disse ele logo no início de seu discurso a jornalistas internacionais durante encontro na capital, Caracas.

A frase chama a atenção em especial num país como a Venezuela, onde a era chavista, nos últimos 25 anos, pregou uma “união cívico-militar”. Com Hugo Chávez e com Nicolás Maduro os militares ganharam espaço amplo em tarefas públicas que antes cabiam apenas aos civis.

O candidato estava acompanhado de María Corina Machado, a líder opositora que foi inabilitada para concorrer a cargos públicos mas mobiliza multidões. Questionada sobre a possibilidade de privatização da PDVSA, a gigante de petróleo que voltou a ser estatizada ainda antes do período chavista, ela indicou que esse é o plano.

Ainda assim, não esclareceu em qual modelo se daria. “Para que a Venezuela possa aproveitar seu potencial energético, necessitamos investimentos gigantes. Ninguém se nega à abertura e à chegada de investimentos privados”, disse a ex-deputada nacional.

“Confiamos que nossas Forças Armadas façam a vontade do nosso povo ser respeitada”, disse ele logo no início de seu discurso a jornalistas internacionais durante encontro na capital, Caracas.

A frase chama a atenção em especial num país como a Venezuela, onde a era chavista, nos últimos 25 anos, pregou uma “união cívico-militar”. Com Hugo Chávez e com Nicolás Maduro os militares ganharam espaço amplo em tarefas públicas que antes cabiam apenas aos civis.

O candidato estava acompanhado de María Corina Machado, a líder opositora que foi inabilitada para concorrer a cargos públicos mas mobiliza multidões. Questionada sobre a possibilidade de privatização da PDVSA, a gigante de petróleo que voltou a ser estatizada ainda antes do período chavista, ela indicou que esse é o plano.

Ainda assim, não esclareceu em qual modelo se daria. “Para que a Venezuela possa aproveitar seu potencial energético, necessitamos investimentos gigantes. Ninguém se nega à abertura e à chegada de investimentos privados”, disse a ex-deputada nacional.

Em resposta à pergunta da reportagem, a dupla disse lamentar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil tenha desistido de enviar seus observadores após Maduro afirmar, sem provas, que as eleições brasileiras não são auditadas enquanto ele participava de um comício.

González disse que isso é um “mau sinal”. Pouco depois, sem mencionar o Brasil ou qualquer outro país, María Corina disse que governos que antes tiveram afinidade com Maduro, “por diversas razões, hoje estão exigindo que neste processo se contem os votos”.

“Vamos defender os resultados que saírem das atas eleitorais”, disseram os opositores em resposta às afirmações do regime de que a oposição planeja não reconhecer o resultado das urnas. González e Maria Corina afirmam que o Conselho Nacional Eleitoral, autoridade do setor na Venezuela, está sob comando dos chavistas.

A dupla pediu a população que faça uma vigília durante o dia de votação. Nas palavras de María Corina, “que votem o mais cedo possível e que depois sigam no centro de votação com suas famílias”.

O recado que passam é o de que é preciso fiscalizar esses espaços para evitar qualquer tipo de fraude. Eles também pedem que a população esteja atenta à auditoria das urnas, que ocorre após o fechar das urnas.

Em teoria, todo eleitor pode acompanhar esse processo em que mais de 50% das urnas são auditadas para conferir se os votos registrados na máquina coincidem com os comprovantes depositados em uma urna física.

“Vivemos o movimento mais poderoso da história da Venezuela”, disse María Corina, que ganhou pinta de popstar no último período em algumas partes do país.

“Estamos aqui pela redenção e libertação do nosso país, para a volta de nossos filhos à Venezuela. É o fim do ciclo de violência, para avançar em uma era de paz e respeito. O fim do ciclo de miséria, para iniciar fase de bem-estar. O fim de ciclo de humilhação, para uma era de dignidade, para que nunca mais uma dona de casa tenha que baixar a cabeça por uma cesta de comida”, disse neste último dia de campanha.

MAYARA PAIXÃO / Folhapress

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