Titmus volta a castigar Ledecky e conquista o ouro nos 400 m em Paris

PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Responsável pela primeira derrota da norte-americana Katie Ledecky em uma disputa individual nos Jogos Olímpicos, em 2021, em Tóquio, nos 400 m livre, Ariarne Titmus voltou a castigar a adversária. A australiana venceu novamente a final da distância, na noite francesa de sábado (27), a primeira com entrega de medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris.

Recordista mundial, Titmus imprimiu um ritmo forte e liderou a prova desde a primeira parcial, fechando a disputa em 3min57s49. Ledecky bateu em quarto na primeira parcial de 50 m e acabou alcançando o terceiro lugar, com 4min00s86, segurando por pouco o bronze. A prata ficou com a canadense Summer McIntosh, que obteve a marca de 3min58s37.

Esteve também na disputa na La Défense Arena a brasileira Maria Fernanda Costa. Classificada para a final com o sétimo melhor tempo, ela apresentou um nível muito semelhante na prova derradeira e ficou na sétima colocação, com 4min03s53, e pode dizer que se tornou a primeira mulher do Brasil desde Piedade Coutinho, em 1948, em Londres, a alcançar a final dessa distância.

Terminada a competição, a carioca teve de aplaudir Ariarne, que agora ostenta em seu currículo cinco medalhas olímpicas. A talentosa australiana de 23 anos obteve em Tóquio dois ouros (200 m livre e 400 m livre), uma prata (800 m livre) e um bronze (revezamento 4 x 200 m livre). Em Paris, ainda vai competir individualmente nos 200 m livre e nos 800 m livre.

Já Ledecky recebeu pela primeira vez uma medalha de bronze olímpica, ampliando sua coleção. A craque norte-americana passou a exibir 11 medalhas nos Jogos, com sete de ouro e três de prata. Ela voltará à La Défense Arena para competir nos 800 m livre, nos 1.500 m livre e no revezamento 4 x 200 m livre.

Katie pode fazer história nos 800 m com o quarto ouro seguido em uma modalidade, algo que só o também norte-americano Michael Phelps alcançou, nos 200 m medley, entre 2004 e 2016. Ela é a atual recordista mundial nos 800 m e nos 1.500 m e promete lutar para voltar ao topo do pódio. Nos 400 m, esse lugar é de Titmus.

MARCOS GUEDES / Folhapress

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