Morre bebê que usou respirador improvisado com embalagem de bolo no RN

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O bebê que usou uma embalagem de bolo como uma máscara de oxigênio improvisada morreu nesta terça-feira (30) em Natal.

A criança, que estava internada, morreu durante a manhã. “Ele estava em melhora clínica, mas teve uma intercorrência na manhã de hoje [30] que, infelizmente, resultou no óbito”, afirmou a assessoria do Hospital Varela Santiago.

Bebê havia deixado a UTI em 13 de junho. Na ocasião, a médica Silvana Braga, coordenadora técnica do hospital, disse que o bebê apresentava “melhora progressiva”. “Ainda fazendo uso de suplementação de oxigênio em cateter nasal, mas já recebeu alta da nossa UTI pediátrica”, completou.

Menino havia sido encaminhado para uma das enfermarias do hospital. A médica acrescentou que o paciente continuaria recebendo “todo o cuidado”.

O Hospital Varela Santiago lamentou a morte e informou que divulgará mais informações amanhã (31). A reportagem não localizou a família do bebê porque os nomes não foram divulgados. O espaço segue aberto para manifestação.

RELEMBRE O CASO

Máscara foi improvisada por equipe médica. O Hospital Municipal Aluízio Bezerra, onde a criança estava antes de ser transferida ao Varela Santiago, improvisou a embalagem de bolo para auxiliar na respiração da criança.

O bebê foi hospitalizado com problemas respiratórios graves. Ele deu entrada na unidade de saúde no dia 8 de junho. Os pais reportaram que a criança estava com “desconforto respiratório” e apresentava sintomas de congestão nasal, febre, rinorreia (corrimento excessivo do muco nasal), vômitos e diarreia. As informações são da Prefeitura de Santa Cruz.

Equipe médica responsável pelo atendimento da criança deu diagnóstico de bronquiolite. Como o hospital municipal não é referência em UTI pediátrica, o município solicitou a transferência do bebê para uma unidade de saúde equipada para atendê-lo. Entretanto, o bebê piorou durante a espera e foi necessário fazer a máscara de oxigênio improvisada para garantir a segurança da criança.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Santa Cruz sobre a falta de máscara de oxigênio no hospital municipal. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Redação / Folhapress

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