Enfermeiros da Rede Mário Gatti passam por treinamento em classificação de risco

João Lucas Dionisio
João Lucas Dionisio
Jornalista, pai, chefe de redação na Thathi Record e editor executivo do THMais.

Enfermeiros do pronto-socorro do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti estão passando por treinamento em classificação de risco nesta quarta-feira, 31 de agosto, para reciclar e atualizar conhecimentos em relação ao protocolo de classificação estabelecido pela Rede Mário Gatti.

A classificação de pacientes que chegam nas unidades de urgência e emergência é feita pela equipe de enfermagem, que utiliza informações da escuta qualificada e de dados vitais como pressão arterial, oxigenação, pulso e temperatura.

Os pacientes são, então, classificados por cores. A classificação permite que sejam atendidos por critério de gravidade e risco e não por ordem de chegada.

A cor vermelha significa emergência e o paciente deve ser atendido imediatamente. A laranja indica muito urgente e o paciente pode esperar no máximo 10 minutos para ser atendido. Casos urgentes, nos quais a gravidade é moderada, são classificados em amarelo. O tempo de espera pode ser de 60 minutos.

Os classificados como verde, que são menos graves, o tempo de espera pode ser de 120 minutos, e os em azul, não urgentes e que poderiam ser atendidos em centros de saúde, a espera pode ser de 240 minutos.

“A classificação de risco organiza o fluxo de atendimento a partir de prioridades e distribui os recursos médicos de maneira mais justa, de forma que os pacientes mais graves sejam atendidos primeiro”, afirma o mestre em saúde pública Fábio Vidal Franco, que coordenou a capacitação dos enfermeiros do Mário Gatti.


Protocolo

Até 2022, a Rede Mário Gatti adotava uma classificação embasada no Protocolo Manchester, um dos métodos mais utilizados no mundo, que permite a identificação de prioridade e a definição do tempo alvo recomendado até a avaliação médica caso a caso. O novo protocolo manteve as classificações de cores e o tempo de espera por atendimento e acrescentou três classificações que não figuravam no Manchester: atendimento às vítimas de violência sexual e a crianças de até 28 dias de vida.

Embora a Rede não tenha leitos neonatal, as unidades de urgência e emergência atendem pelo sistema porta aberta, e crianças com até 28 dias, com agravos em saúde, acabam sendo atendidas nessas unidades. O protocolo da Rede para elas vai da cor vermelha (atendimento imediato) até a classificação amarela, onde o tempo máximo de espera é de até 60 minutos.

Nos atendimentos às vítimas de violência sexual, a classificação também vai até a cor amarela e leva em consideração o fato de esses pacientes terem, além de agravos físicos, também os psicológicos.

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