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Biles, com margem de erro, só permite a prata a Rebeca

PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Um dia Simone Biles brincou e pôs uma coroa na cabeça de Rebeca Andrade. Em Paris, nesta quinta-feira (1º), a brasileira não teve chance de usá-la. A americana conquistou o ouro no individual geral, a prova mais completa da ginástica, e permitiu apenas a prata à sua maior adversária na atualidade. Sunisa Lee ficou com o bronze.

Rebeca, 25, que já tinha sido prata na prova em Tóquio-2020, a primeira medalha da ginástica brasileira na competição, conquistou sua quarta medalha olímpica. Com Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Julia Soares, na terça-feira (30), já havia conquistado a inédita medalha olímpica na disputa por equipes, também na Arena Bercy. Até então, o melhor resultado do Brasil era o oitavo lugar (2008 e 2016).

Uma mudança de patamar provocada pela evidente presença de Rebeca, um dos principais nomes do esporte e o atual ponto de referência para Biles, considerada a maior ginasta da história.

A prova marcou o retorno da americana ao território olímpico individual, que abandonou em Tóquio-2020 para preservar sua saúde mental. A caminho da oitava medalha, sua quinta de ouro, a americana marcou um total de 59.566, contra 57.700 de Rebeca, sua mais próxima perseguidora, na terça-feira (30).

Segundo estimativa feita pelo jornal americano The Washington Post, Biles coleciona um score de dificuldade dois pontos acima das outras competidores. Rebeca é a mais próxima, e chega a ser superior na execução, mas o primeiro item deixa a americana com uma margem para cometer erros.

Foi exatamente o que ocorreu no início da sessão desta quinta. Rebeca, Biles e Sunisa Lee, com as melhores notas da disputa por equipes, estavam no mesmo grupo de rotação, que começou pelo salto. Rebeca repetiu o 15.100, sua maior nota na terça. Biles fez 15.766. Na quebra da nota, a receita da americana: em dificuldade, 6.400, contra 5.600; em execução, 9.366, contra 9.500 da rival brasileira. Biles sempre faz algo mais difícil e ganha margem para o erro.

Nas assimétricas, porém, a escrita não se repetiu. Rebeca e Biles registraram a mesma nota de dificuldade, 6.200, mas a brasileira foi muito melhor na execução: 8.466 contra 7.533. A americana foi superada também por Kaylia Nemour, uma ginasta francesa que decidiu defender a Argélia dos pais imigrantes, que conseguiu a melhor nota da rodada, com uma dificuldade de 7.200.

A rotação então foi para a trave de equilíbrio, com Biles iniciando a série e restabelecendo a lógica da ginástica na última década: 14.566, contra 14.133 de Rebeca, desta vez com notas de dificuldade e execução superiores. A americana reassumiu a liderança.

A decisão foi então para o solo. Rebeca foi a penúltima a se apresentar, conseguindo 14.033. Biles, com o barulhento apoio do público americano presente ao estádio, fez sua rotina e deixou a competição em suspenso. Após instantes, a nota apareceu no placar: 15.066. Paris coroou de novo sua velha rainha, Simone Biles, com o sexto ouro olímpico.

Flávia Saraiva, 24, que abriu o supercílio direito durante o aquecimento nas barras assimétricas, antes da disputa por equipes, na terça, terminou o individual geral na nona colocação.

As brasileiras ainda disputam mais três finais em Paris. No sábado (3), Rebeca defende o título olímpico no salto. Na segunda (5), ela disputa o solo e a trave, aparelho para o qual a novata Julia Soares também se classificou.

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE / Folhapress

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