PARIS, FRANÇA (UOL/FOLHAPRESS) – A medalha de prata de Rebeca Andrade no individual geral em Paris não foi de ouro por 1,199. O número é importante: desde 2015, ninguém havia chegado tão perto de Simone Biles na prova que soma os quatro aparelhos da ginástica artística feminina.
Desde que começou a competir nos maiores torneios internacionais, Biles nunca perdeu: são duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos no Rio-2016 e nesta quinta-feira, em Paris e seis em Mundiais.
Ficar a 1,199 dela não é comum. Na verdade, não acontece desde o Mundial de 2015, quando Gabby Douglas ficou a 1,023. A rival mais dura até hoje foi a romena Larissa Iordache, que ficou a 0,466 pontos no Mundial de 2014.
Desde 2016, a norte-americana sempre havia vencido a prova com muita folga. No Mundial de 2019, a vantagem sobre a chinesa Tang Xijing, segunda colocada, foi de 2,100.
O resultado de Rebeca nesta quinta-feira também mostra a evolução da ginasta brasileira. No Rio-2016, quando ficou com a medalha de bronze, ela terminou a 3,684 de Biles, que ficou com o ouro. De lá para cá, a diferença entre ambas caiu 2,485 pontos.
Rebeca está cada vez mais perto de Biles. Cada vez mais próxima do ouro.
Veja a lista com a vantagem de Simone Biles para as medalhistas de prata em Olimpíadas e Mundiais:
Olimpíadas:
2016 – 1,809 (Aly Raisman-EUA) / Rebeca foi terceira a 3,684
2024 – 1,199 (Rebecca Andrade-BRA)
Mundiais:
2013 – 0,884 (Kyla Ross-EUA)
2014 – 0,466 (Larisa Iordache-ROM)
2015 – 1,023 (Gabby Douglas-EUA)
2018 – 1,693 (Mai Muramaki-JAP)
2019 – 2,100 (Tang Xijing-CHN)
2023 – 1,633 (Rebecca Andrade-BRA)
DEMÉTRIO VECCHIOLI E THIAGO ARANTES / Folhapress