Campeão olímpico é acusado de doping por resultado ‘humanamente impossível’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Na última quarta-feira (31), o chinês Zhanle Pan conquistou não apenas a medalha de ouro olímpica na natação na prova dos 100 metros livre, como também bateu o recorde mundial da categoria, com o tempo de 46s40, o que assombrou o mundo, mas com pessoas colocando sua marca em dúvida.

No último mês de abril, foi revelado que 23 nadadores chineses teriam testes antidoping positivos para substâncias diversas, mas que mesmo assim, mais da metade deles puderam disputar as Olimpíadas de 2021, ano em que a China teve seis medalhas, sendo 4 de ouro. Na ocasião, os chineses alegaram contaminação cruzada por alimentos, o que a Agência Mundial Anti-Dopagem (WADA), acatou na ocasião.

Porém, o recordista mundial dos 100 metros livre, Zhanle Pan, não estava entre os 23 nadadores chineses que testaram positivo no antidoping, e alega que foi testado com frequência nos últimos tempos, não tendo nenhum teste positivo para nenhuma substância.

Mesmo assim, para o treinador australiano, Brett Hawke, que competiu nos Jogos em 2000 e 2004, o recorde era “humanamente impossível”, e completou com “eu os estudo há 30 anos, estudei esse esporte, a velocidade não é real”, alegando que “não se pode ganhar desse pelotão de tal forma, com um corpo de vantagem”, estranhando a queda do tempo de Zhanle.

Porém, o medalhista de prata, Kyle Chalmers, acredita que seu concorrente esteve limpo para a prova: “Tenho confiança nele, creio que ele fez tudo o que podia para estar ali, e que merece essa medalha de ouro”.

O recorde foi uma melhora de tempo do nadador chinês em cerca de quatro décimos em relação a seu tempo feito em fevereiro. Em Paris, Zhanle ganhou com quase um segundo de vantagem em relação ao australiano Kyle Chalmers, que chegou apenas um centésimo à frente do medalhista de bronze, o romeno David Popovici.

O nadador australiano, porém, acredita que “fez todo o possível para ganhar essa prova, e creio que todos fizeram o mesmo permanecendo fieis a integridade do esporte”, completou em entrevista após a prova.

Redação / Folhapress

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