PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – “Não pode dar sorte pro azar.” Involuntário ou não, o gracejo do pugilista brasileiro Wanderley “Holyfield” Pereira, ao falar da derrota para o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, define a lição que ele diz ter aprendido para as próximas Olimpíadas.
Khyzhniak, 28, era favorito. Foi medalha de prata nos Jogos de Tóquio e campeão mundial em 2017. Em 140 lutas como amador, venceu 123. O curitibano, 23, tem 45 lutas na carreira, com 35 vitórias.
“Tentei trabalhar mais com a precisão do que com o volume. Mas, infelizmente, ele saiu vitorioso”, disse “Holyfield”.
“Eu levo de aprendizado que nem tudo sai como a gente quer. Que a gente tem que fazer o máximo que depende da gente, para as coisas andarem no caminho certo”, concluiu o brasileiro, mostrando serenidade. Se vencesse, ele teria garantido pelo menos a medalha de bronze.
O treinador principal do boxe brasileiro, Mateus Alves, se disse “muito insatisfeito” com o resultado da equipe masculina, que volta de Paris sem medalha.
“Obviamente que eu, como head coach, tenho a responsabilidade da equipe. A gente fez um ciclo [olímpico] impecável. E eu sempre dizia para equipe: ciclo impecável, só se pegar medalha. Então, passar em branco aqui me deixa muito irritado.”
ANDRÉ FONTENELLE / Folhapress