Bach, do COI, denuncia ‘guerra cultural’ na polêmica de gênero no boxe

PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), reiterou em entrevista coletiva neste sábado (3) que as pugilistas Imane Khelif (Argélia) e Lin Yu-ting (Taiwan) são mulheres e, como tal, estão autorizadas a participar do torneio feminino de boxe dos Jogos Olímpicos.

“Como pode alguém que nasceu, foi criada, competiu e tem passaporte como mulher não ser considerada mulher? Se alguém descobrir algo, estamos prontos a ouvir. Mas não vamos participar de uma guerra cultural politicamente motivada”, disse Bach.

O dirigente acrescentou: “O que está acontecendo neste contexto, nas redes sociais, com todo esse discurso de ódio, essa agressão e abuso, estimulados por essa agenda, é totalmente inaceitável.”

A controvérsia surgiu de uma desavença entre o COI e a Associação Internacional de Boxe (IBA), que em 2023 baniu as duas pugilistas alegando critérios de gênero, mas não organiza o boxe nas Olimpíadas. A vitória de Khelif sobre a italiana Angela Carini, que abandonou o combate com apenas 46 segundos depois de um soco no nariz, gerou uma polêmica que transbordou da esfera esportiva para a política.

Khelif luta neste sábado (3) pelas quartas de final do torneio da categoria 66 kg, contra a húngara Anna Luca Hamori, às 17h22 locais (12h22 em Brasília). A sala de imprensa da Arena Paris Norte está lotada de jornalistas do mundo inteiro, devido ao interesse despertado pela luta.

ANDRÉ FONTENELLE / Folhapress

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