Bienal do Livro muda de lugar em SP aumentando espaço contra apertos e filas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bienal do Livro de São Paulo muda de endereço para sua próxima edição, que vai de 6 a 15 de setembro, ampliando o espaço dos expositores em busca de uma estrutura mais confortável para os visitantes.

O último evento, de 2022, teve sua programação robusta algo ofuscada pelo aperto nos corredores, pelas longas filas embaixo do sol de leitores já com ingresso comprado e pela interrupção repentina de vendas de ingressos para conter a superlotação.

“Uma das grandes facilidades desse novo pavilhão do Anhembi é a logística de acesso”, afirma Mayra Nardy, diretora da empresa RX, organizadora da Bienal ao lado da Câmara Brasileira do Livros, em apresentação a jornalistas e influenciadores na manhã desta quinta.

Depois de uma reforma recente, o Anhembi foi renovado e climatizado e, segundo ela promete, não haverá rua interna entre os estandes com menos de dez metros de largura.

“Não vai ter filas para autógrafos, e sim senhas distribuídas de forma online e gratuita, então não precisa daquela aglomeração. Teremos mais catracas e espaço coberto para acomodar as filas na entrada. E sem dúvida a área maior deu a possibilidade de rever a planta”, diz Nardy, em referência a um pavilhão cerca de 15% maior que o Expo Center Norte, onde foi o evento de dois anos atrás.

Os espaços ocupados por estandes pagos tiveram um aumento mais acentuado ainda, 45% acima da última edição. São 227 expositores, entre as mais diversas iniciativas editoriais, contra os cerca de 180 de antes. O investimento total do maior evento livreiro do ano foi de R$ 36,5 milhões.

“Não medimos esforços para aprimorar a infraestrutura, o que atraiu mais expositores. Esperamos um público ainda maior que os 660 mil visitantes da última edição”, afirma Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro.

Uma iniciativa mantida é o cashback, que permite quem comprar o ingresso, que custa R$ 35, usar R$ 15 para comprar produtos lá dentro —quem pagar a meia-entrada terá R$ 10 de crédito, o que ajuda a fazer circular a renda entre as editoras.

O público que comprar ingresso poderá ver uma seleção ampla de curadoria, que vai de ficção literária como a de Leonardo Padura e Imogen Binnie a nomes pop como Felipe Neto e Jeff Kinney, autor dos “Diários de um Banana”. Mas também haverá programação dedicada a crianças, culinária, cordel e discussões sobre mercado editorial —a lista detalhada está disponível a partir desta quinta no site da Bienal.

WALTER PORTO / Folhapress

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