Estratégia do Banco do Brasil para 2025 é correr mais risco

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A diretoria executiva do Banco do Brasil afirmou, nesta quinta-feira (8), que a instituição vai explorar o crédito sem garantia como via de crescimento em 2025. O comentário foi feito durante apresentação de resultados do segundo trimestre deste ano.

Nos últimos 12 meses, essa linha cresceu 2,8%, enquanto o cartão de crédito caiu 2,9%.

Deu resultado. Após a alta inadimplência no pós-pandemia, o BB optou por reduzir a oferta desses produtos. De 5,44% em dezembro de 2022, a inadimplência de pessoas físicas foi para 4,81% em junho.

“Para 2025, já estamos pavimentando para retomar o crescimento nessas linhas que poderão trazer mais margem para o banco”, afirmou Felipe Prince, vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do BB.

Na noite de quarta (7), a estatal divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no segundo trimestre de 2024. O resultado foi fruto da maior concessão de crédito promovida pelo banco, que terminou junho de 2024 com um saldo de R$ 1,18 trilhão na sua carteira ampliada, uma evolução de 13,2% na comparação dos últimos 12 meses e de 3,9% na comparação com março de 2024.

Apesar de ser mais arriscada, o executivo disse que o BB tem provisões suficientes para cobrir 172% da inadimplência dessa carteira.

“É correr um pouco mais de risco, mas um risco calculado, pensado e com modelos que nos dão plena segurança”, disse Tarciana Medeiros, presidente da instituição.

A aposta no crédito sem garantia, porém, não invalida a estratégia atual do banco no consignado, disse Prince. “Nós falamos que ao longo deste ano íamos focar no crescimento do consignado INSS. E consignado INSS nós crescemos 17%, atingindo R$ 24 bilhões.”

Segundo o banco, a demanda pelo empréstimo consignado atrelado ao INSS segue forte em pequenas cidades.

RAIO-X | BANCO DO BRASIL

Fundação: 1808

Lucro no 2º trimestre de 2024: R$ 9,5 bilhões

Agências e pontos de atendimento: 10.706

Funcionários: 87.130

Principais concorrentes: Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal

JÚLIA MOURA / Folhapress

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