SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Edival Pontes, 26, conquistou nesta quinta-feira (8) a terceira medalha de bronze para o taekwondo brasileiro em Olimpíadas. Ele derrotou o espanhol Javier Perez Polo na categoria até 68 kg, por 2 a 1 (3/3 vencido por superioridade, 4/6 e 4/3).
Assim, juntou-se a Natália Falavigna, terceiro lugar em Pequim-2008, e a Maicon Siqueira, mesma posição na Rio-2016.
Até chegar à disputa pelo bronze, Edival, também conhecido como Netinho, perdeu para o jordaniano Zaid Kareem e passou a depender do avanço do adversário à final para ter a chance de disputar a repescagem. Kareem chegou à semifinal e derrotou o britânico Bradly Sinden de virada.
Na repescagem, que serviu como revanche, o brasileiro superou o turco Hakan Recber, de quem havia perdido em Tóquio-2020. Naquela competição, ele terminou na 12ª posição.
No taekwondo, os pontos são computados a partir de chutes e socos direcionados à cabeça e ao corpo do adversário: um soco no corpo vale um ponto, um chute no corpo, dois, um chute na cabeça, três, um chute giratória no corpo, quatro, e um chute giratório na cabeça, cinco pontos. Vence quem pontuar mais em dois de três rounds com duração de dois minutos.
Também são dados pontos por punição, caso o atleta saia da área de combate, evite o combate ou dê golpe em partes abaixo da cintura.
Netinho por pouco não seguiu os passos do pai no futebol amador. “Gosto mesmo é de chutar cabeça”, brincou ele em entrevista ao UOL em 2019.
Na ocasião, o atleta comemorava o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Outros destaques da carreira são a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanjing (China), em 2014, o ouro na disputa por equipes no Pan de Santiago, em 2023, e a prata no Campeonato Mundial de Guadalajara, em 2022, pela categoria até 74 kg.
Em dezembro do ano passado, chegou a ser suspenso por doping, mas sua defesa conseguiu liberá-lo após acordo com a federação internacional de taekwondo, que incluiu uma suspensão voluntária de 30 dias.
Natural de João Pessoa (PB), Netinho conheceu o taekwondo aos sete anos, a convite de um amigo de seu pai que posteriormente se tornou seu treinador.
Nesta quinta, ele dedicou o bronze ao pai, que morreu recentemente. “Essa medalha é para ele. Foi meu guerreiro, meu herói”, disse. “Obrigado à torcida brasileira, que ficou e acreditou em mim”, acrescentou, sorridente.
Redação / Folhapress