LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Representante brasileiro na maratona aquática dos 10 km, Guilherme Costa, o Cachorrão, abandonou a prova que foi realizada na madrugada desta sexta-feira (9), no rio Sena, em Paris-2024. Prata em Tóquio, o húngaro Kristóf Rasovszky ficou com o ouro.
O brasileiro estava na 22ª colocação quando desistiu da prova, que já estava próxima do fim. Guilherme Costa justificou a escolha ao alegar que não teria mais como se aproximar dos líderes. Além disso, mostrou um machucado no braço.
“É uma prova nova para mim, eu quis nadar porque ninguém do Brasil estaria nela. Tentei arriscar, ficar no segundo pelotão, mas saí porque vi que não daria para chegar mais. Fiz um machucado no braço, acabei batendo na parede, onde tem menos correnteza”, explica, em entrevista para o canal SporTV.
Guilherme Costa não tinha a maratona como objetivo. A oportunidade de disputar a prova saiu por causa de uma regra extraordinária estabelecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O país poderia convidar nadadores com índices nos 800 metros e 1.500 metros na piscina, caso não tivesse representantes para os 10 km. Foi o que aconteceu.
“Acho que a principal dificuldade foi a correnteza, estava bem grande na volta. Quando perdi o pelotão ficou bem difícil de nadar”, completa.
O Cachorrão emocionou o Brasil após terminar a disputa dos 400 m nado livre na quinta colocação, na prova disputada em 27 de julho. Sem medalha, ele chorou durante a entrevista, mesmo após conseguir o recorde pan-americano.
Além de Guilherme Costa, outros três nadadores também desistiram no decorrer do percurso: Carlos Garach (Espanha), Phillip Seidler (Namíbia) e Emir Batur Albayrak (Turquia). Já os atletas Victor Johansson (Suécia) e Ahmed Jaouadi (Tunísia) optaram por não participar da prova.
Já o húngaro Kristóf Rasovszky dominou a maior parte da maratona e conquistou o ouro. O alemão Oliver Klemet chegou instantes depois e ficou com a prata.
No entanto, foi a disputa do bronze que empolgou. Lado a lado, o húngaro David Betlehem e o italiano Domenico Acerenza aceleraram as braçadas na reta final e chegaram praticamente juntos. Melhor para Betlehem, que ficou com o bronze e comemorou junto com Rasovszky.
Redação / Folhapress