Força-tarefa no local do acidente aéreo em Vinhedo deve se encerrar após retirada de motores

VINHEDO, SP (FOLHAPRESS) – A força-tarefa formada por órgãos de segurança para resgatar os corpos de vítimas do voo 2283, que caiu em Vinhedo (SP) na tarde desta sexta-feira (9), deve se encerrar após a retirada de três peças-chave para a investigação do acidente.

Por volta das 21h deste sábado (10), logo após o resgate dos corpos das últimas vítimas, uma equipe de 15 bombeiros trabalhava na retirada dos dois motores turboélice e da cauda da aeronave. Segundo a tenente Laís Marcatti, porta-voz do Corpo de Bombeiros, esses três pedaços seriam retirados do local do acidente por funcionários da companhia aérea Voepass (antiga Passaredo), responsável pelo avião que sofreu o acidente.

“Nosso trabalho agora é de retirar esses motores e a cauda, que estão em meio aos destroços, e deixar num local de mais fácil acesso, para que o caminhão da empresa possa pegar e levar esses motores para perícia em São Paulo”, informou Marcatti. Os motores ficaram queimados pelo incêndio que se seguiu à queda do avião, mas ainda estavam relativamente íntegros, segundo a porta-voz.

Todo o trabalho de perícia científica no local do acidente já havia sido concluído na noite deste sábado, ela informou. A previsão é que caminhões da empresa chegassem ainda na noite de sábado para levá-los, sob escolta policial, até o local de perícia.

Após a entrega dos motores e da cauda à empresa, a retirada do restante da fuselagem do avião, inclusive a cabine, seguirá sob responsabilidade da empresa. A perícia e a investigação das causas do acidente ficarão com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado à Força Aérea Brasileira.

Assim o trabalho dos bombeiros deve se encerrar, assim como a mobilização da maior parte do efetivo policial que deu apoio ao resgate dos corpos.

A ação envolveu mais de 60 bombeiros neste sábado, sem contar profissionais das polícias Militar, Civil, Federal e da Aeronáutica que trabalharam no local desde as primeiras horas após o acidente.

Ao menos uma das casas do condomínio Recanto Florido, onde o avião caiu, deve permanecer interditada. O acesso à chamada “área quente” do acidente, onde se concentram os destroços, deve permanecer restrito por tempo indeterminado.

O último corpo das vítimas do voo 2283 da VoePass foi resgatado dos destroços pouco antes das 19h deste sábado. A Polícia Científica fez o transporte dos restos mortais das últimas 12 vítimas do acidente aéreo na noite deste sábado, em um comboio de três carros cadavéricos, de Vinhedo até a capital paulista.

A porta-voz do Corpo de Bombeiros confirmou, ainda, que foi resgatado o corpo de um cachorro. Era a cadela Luna, que viajava com uma família de venezuelanos que tentava voltar ao país natal.

O resgate começou pela parte da frente da aeronave, que foi menos atingida pelo fogo após a queda. À medida que o trabalho avança em meio aos destroços carbonizados, torna-se mais difícil a recuperação dos restos mortais das vítimas. Parte da fuselagem estava carbonizada e prensada pelo impacto da queda.

Segundo o capitão Michael Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, os corpos foram encontrados “como se estivessem sentados em seus respectivos assentos”.

Todos os corpos foram levados para o IML (Instituto-Médico Legal) Central da cidade de São Paulo para identificação.

TULIO KRUSE / Folhapress

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