O soldador Ricardo da Silva, de 43 anos, foi preso em flagrante sob a acusação de ter participado da tentativa de homicídio contra o seu supervisor. O crime aconteceu na manhã da última sexta-feira (09), e no dia anterior, o suspeito havia sido demitido. Há um segundo envolvido no atentado, mas ele fugiu e ainda não foi identificado.
Ambos eram funcionários de uma empresa contratada pela Refinaria Presidente Bernardes, da Petrobras, em Cubatão, e estavam morando em uma casa na Rua João Damaso, no Parque Fernando Jorge, na mesma cidade. O imóvel foi alugado para servir de alojamento aos trabalhadores durante o período do trabalho na refinaria. Por conta do desligamento, o suspeito já não estava mais morando no local.
De acordo com o supervisor, seus superiores mandaram encerrar o contrato de trabalho do soldador, com a alegação dele não respeitar a hierarquia, prejudicando o bom andamento do serviço. Na sexta-feira, enquanto a vítima e os demais trabalhadores estavam a caminho da refinaria, um homem encapuzado surgiu e efetuou um disparo em direção ao supervisor, que não foi atingido.
Em seguida, o suspeito de efetuar o tiro abriu a porta do carro em que a vítima estava e o jurou de morte, posteriormente deu duas coronhadas em seu rosto. A vítima conseguiu acertar um chute no criminoso, que começou a correr e, durante a fuga, apontou a arma para o supervisor e apertou o gatilho duas vezes, mas o armamento falhou.
Do outro lado da rua havia uma caminhonete branca parada, onde o homem encapuzado entrou. Quando o supervisor e os demais trabalhadores chegaram perto do veículo, viram Ricardo como sendo o motorista do carro, que ainda ordenou que o comparsa atirasse, mas fugiu do local sem que ele efetuasse os tiros.
A vítima e as testemunhas foram até o 1º DP de Cubatão e relataram os fatos. Durante o colhimento dos depoimentos, a equipe responsável da delegacia ficou sabendo de um acidente de trânsito com um carro do mesmo modelo que foi utilizado no crime.
A ocorrência aconteceu na esquina das ruas Bahia e Ceará e, inicialmente, foi atendida por policiais militares, que ainda não sabiam da tentativa de homicídio cometida minutos antes do acidente. O investigador responsável pelo caso, imediatamente entrou em contato com os PMs e pediu para que eles levassem os ocupantes do carro ao distrito. O soldador neste momento, estava sozinho no veículo e foi levado até o 1º DP de Cubatão.
Ao chegar na delegacia, o suspeito foi reconhecido pelo supervisor e pelas testemunhas como a pessoa que deu fuga ao homem encapuzado que atirou em direção a eles. O delegado de plantão Fábio Szabo Guerra, comprovou que há prova da materialidade do delito porém, Ricardo nega a participação no atentado.
O celular do suspeito foi apreendido e o delegado pedirá à Justiça a quebra do sigilo de dados do aparelho. O carro utilizado no crime também foi apreendido e passará por perícia, onde as impressões digitais serão recolhidas, com a finalidade de tentar descobrir a identidade do comparsa do soldador.
