Há dez anos atrás, em 13 de agosto de 2014, a população da cidade de Santos, e posteriormente, de todo o país, recebia a notícia de que o avião em que o então candidato à presidência do Brasil, Eduardo Campos, estava embarcado, havia caído. Além do político, outros seis tripulantes morreram. A queda destruiu casas e empreendimentos, que até hoje, reivindicam indenizações.
Na data dos fatos, a aeronave havia partido do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, em Guarujá (SP). Naquele dia chovia em Santos, e fazia muito frio. Por volta de 10h, o Corpo de Bombeiros recebeu o chamado sobre o ocorrido. O avião caiu em um terreno baldio, no bairro Boqueirão, mas os destroços acabaram atingindo também os comércios e prédios residenciais ao redor. Dez pessoas ficaram levemente feridas e precisaram de atendimento médico.
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Ao chegar no local, a guarnição constatou a morte do político, Eduardo Campos, Alexandre Severo e Silva, fotógrafo; Carlos Augusto Leal Filho, assessor; Pedro Valadares Neto, assessor e ex-deputado federal; Marcelo de Oliveira Lyra, cinegrafista; e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins.
Após 10 anos, indenizações ainda estão pendentes, como é o caso de uma academia existente no bairro, cujo dono gastou quase R$ 2 milhões de reais para reconstruir o negócio. Dois processos correm em segunda instância, por danos morais e lucro cessante (o que a pessoa deixou de lucrar devido a um ato ou evento que causou danos).
Outra família também tem um processo na Justiça, que deram entrada em 2015, por danos morais, materiais e estéticos, visto que uma criança ficou queimada com uma turbina do avião que atingiu a residência, além da destruição causada no local, que era alugado.
Causas do acidente
De acordo com a Polícia Federal, que concluiu o inquérito do ocorrido em 2018, quatro causas possíveis do acidente foram apresentadas, sendo elas: Colisão com um elemento externo; Desorientação espacial; Falha de profundor (parte do estabilizador horizontal, responsável pelo controle do movimento da aeronave em torno do eixo lateral; Falha de compensador de profundor.
Em 2019, o processo foi arquivado mesmo sem a causa ter sido, de fato, determinada. No ano passado, o irmão de Eduardo Campos solicitou a abertura do mesmo, mas os órgãos responsáveis não aceitaram, com a justificativa de ausência de elementos.
Eduardo Campos
Nascido em 10 de agosto de 1965, o então candidato à presidência do Brasil naquele ano, Eduardo Campos, já tinha uma vasta vida política, já tendo atuado como governador de Pernambuco por dois mandatos, além de presidente do Partido Socialista Brasileiro, entre outros feitos.
Nascido na capital pernambucana, deu seus primeiros passos na área ainda na faculdade quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia, mas desde criança, convivia com nomes emblemáticos da política local e nacional.
Sua morte ocorreu no mesmo dia que seu avô Miguel Arraes (ex-governador e prefeito de Pernambuco, e ex-deputado federal e estadual), foi morto no ano de 2005.