Promotor é contrário à progressão de Cristian Cravinhos ao regime aberto

cristian cravinhos
(Foto: SBT NEWS)

A Justiça emitiu parecer contrário à progressão de Cristian Cravinhos para o regime aberto, nesta terça-feira (13). Preso em 2002 e condenado em 2006 a 38 anos de prisão por participação na morte do casal von Richthofen, o reú tem término de pena previsto para 2041 e está no regime semiaberto.

Cristian está preso na Penitenciária II de Tremembé, conhecida como “presídio dos famosos”, por reunir presos de casos de grande repercussão nacional, como o ex-jogador de futebol Robinho e o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que que dirigia o Porsche envolvido no acidente que matou um motorista por aplicativo.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, o promotor de Justiça Alexandre Mafetano, que atua perante a Vara das Execuções Criminais da Comarca de Taubaté, manifestou-se contrariamente à progressão de pena.

O promotor destacou que Cravinhos apresenta em seu histórico “três faltas disciplinares, sendo duas de natureza grave e uma de natureza média, deixando dúvidas sobre a sua aptidão para experimentar regime mais brando, bem como sobre a sua consciência social e moral, além de precisar amadurecer e conscientizar-se sobre seus atos, conseguindo, sobretudo, ter percepção da gravidade dos mesmos”.

Alexandre Mafetano lembra ainda que o réu é autor de crimes graves (homicídio qualificado e corrupção ativa), acrescentando que o cumprimento de pena não se deu de forma mansa e pacífica, com a notícia de cometimento de novo crime quando fora da prisão, além de outras faltas registradas.

Na hipótese de discordância do Juízo, Mafetano pede que Cravinhos seja submetido ao teste de Rorschach, exame psicológico, para uma completa avaliação do detento e se ele está apto a retornar ao convívio em sociedade.

No dia 15 de maio deste ano, o MPSP já havia pedido à Justiça que Cristian Cravinhos realizasse exame criminológico.

Relembre o caso

O assassinato do casal Marísia e Manfred Von Richthofen, de grande repercussão nacional, aconteceu na noite de 31 de outubro de 2022. A filha das vítimas, Suzane von Richthofen, é apontada como a mentora do crime cometido com a ajuda dos irmãos Daniel, seu namorado na época, e Cristian Cravinhos.

Os pais de Suzane foram mortos no quarto em que o casal dormia na casa família, uma mansão no bairro Campo Belo, em São Paulo. Os irmãos Cravinhos assassinaram às vítimas com golpes de porrete na cabeça.

Suzane e os irmãos Cravinhos confessaram a participação no assassinato do casal Von Richthofen uma semana após o crime. A filha foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado, mesma pena aplicada a Daniel Cravinhos. Cristian Cravinhos pegou 38 anos e seis meses de reclusão.

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