Nesta quinta-feira (15), trabalhadores da Novelis, em Pindamonhangaba, realizaram uma paralisação para cobrar transparência na investigação da morte de um funcionário da fábrica no mês passado.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pinda, o protesto denuncia uma série de problemas sobre o acidente fatal ocorrido há um mês. O ato durou uma hora e deve se repetir nos demais turnos.
Hallan Galvão Alves, 27 anos, sofreu o acidente no setor de laminação a frio, durante a manutenção de um veículo que faz o transporte das bobinas de alumínio, chamado AGV. Esse foi o segundo acidente fatal na empresa em oito anos.
O sindicato informou que a diretoria da empresa se comprometeu em permitir que representantes da entidade acompanhassem as investigações e chamar quando houvesse qualquer movimentação do veículo do acidente.
Além disso, surgiram novas denúncias de que esses veículos apresentavam pane elétrica com muita frequência, inclusive falhas no painel de comando.
O excesso de jornada também voltou a ser criticado no protesto. Segundo o Sindicato, há setores como a Refusão em que jornadas de 12 horas, que são irregulares, ocorrem diariamente. O ato também integrou as mobilizações pela Campanha Salarial.
A fábrica atua no ramo do alumínio e emprega 1.500 trabalhadores em Pindamonhangaba.
Relembre o caso
Um homem, de 27 anos, morreu após sofrer um acidente enquanto trabalhava na fábrica da Novelis, em Pindamonhangaba, no dia 15 de julho deste ano.
A vítima sofreu o acidente durante a manutenção de um veículo que faz o transporte das bobinas de alumínio, no setor de Laminação a Frio. O homem deu entrada no Hospital Dez de Julho após ser atingido por uma máquina no trabalho e não resistiu aos ferimentos.
Hallan Galvão Alves era técnico de manutenção e estava noivo. O pai e o irmão da vítima também trabalham na fábrica.