Anac afirma que vai intensificar vigilância e monitoramento dos serviços da Voepass

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou nesta sexta-feira (16) que vai intensificar a vigilância e monitoramento dos serviços prestados pela Voepass, antiga Passaredo.

A decisão foi comunicada durante reunião entre diretores da agência e representantes da empresa uma semana após o acidente em Vinhedo (SP), que causou a morte de 62 pessoas.

“No atual contexto pós acidente aéreo, e considerando aspectos de fatores humanos, a Agência entende ser importante a intensificação da vigilância continuada e do monitoramento do serviço prestado pela empresa, estabelecendo parâmetros para evitar anormalidades na operação”, diz a nota da Anac.

O voo 2283 da Voepass seguia de Cascavel (PR) para Guarulhos (Grande São Paulo) quando caiu na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. O avião, que decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40, perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21.

Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência. Isso, porém, será esclarecido e confirmado somente ao fim da análise das caixas-pretas.

Especialistas levantam a possibilidade de que gelo tenha se acumulado nas asas da aeronave.

O avião atravessou uma zona crítica para a formação de gelo por quase dez minutos antes da queda, mostrou uma análise do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), da Ufal (Universidade Federal de Alagoas).

Vídeos do momento da queda gravados por diversos moradores de Vinhedo mostram que a aeronave desceu rodopiando no ar, mantendo-se em posição horizontal, manobra conhecida como “parafuso chato”.

Essas condições, segundo especialistas, indicam que o piloto havia perdido o controle da aeronave e as condições de arremeter —ou seja, apontar o nariz da aeronave para baixo e usar os motores para ganhar novamente sustentação no ar.

CÉZAR FEITOZA / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS