Nesta sexta-feira, 16, completa-se uma semana do acidente aéreo com o avião da Voepass, em Vinhedo. Uma tragédia que vitimou 62 pessoas a bordo e se tornou o quinto maior acidente aéreo da história do Brasil.
Relembre o acidente
O avião ATR da Voepass, do voo 2283 decolou de Cascavel no Paraná às 11h56 com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Faltando pouco menos de 20 minutos para o pouso, o avião entrou em parafuso e caiu no quintal de uma casa dentro desse condomínio. Era 13h21 da sexta feira passada. Segundo a força aerea brasileira, o voo aconteceu dentro da normalidade até 13h20, 1 minuto depois a aeronave parou de responder a torre de controle e não declarou emergência.
As investigações continuam
As polícias, Defesa Civil, Força Aérea Brasileira e o CENIPA, trabalharam e ainda trabalham para elucidar o acidente. As caixas pretas do avião foram retiradas dois dias após o acidente. A aeronave tinha permissão para registrar menos dados em uma das caixas pretas, mas ainda assim será possível esclarecer os fatores que levaram a queda. Agora, sete dias após a tragédia, 100% das gravações foram extraídas. O gravador de voz, inclusive, registrou conversas do copiloto sobre dar potência ao avião, minutos antes da queda, além de gritos dos passageiros.
Na última quinta feira, 15, o CENIPA anunciou que irá utilizar um simulador para recriar o voo 2283 da Voepass com as informações retiradas das duas caixas pretas. O trabalho será feito no laboratório do CENIPA. As imagens e a animação, resultados do simulador, também serão usadas na investigação.
Nesta sexta feira, o IML de São Paulo liberou os últimos 6 corpos. Todos os 62 mortos já foram identificados e os corpos liberados para os familiares. A maioria das identificações foram feitas por impressões digitais. Em nenhum caso foi necessário exame de DNA.
Para os peritos, os passageiros podem ter sido avisados sobre a queda por conta da posição em que a maioria dos corpos foram encontrados. As vítimas estavam com a cabeça entre os joelhos e abraçando as pernas. Essa é uma posição de segurança que poderia diminuir o impacto no caso de um pouso forçado.
Deverá ser entregue, em 90 dias, um primeiro laudo da polícia federal com um conjunto de várias fotografias mostrando o contexto do acidente. Um segundo documento também será disponibilizado, mas terá fins de responsabilização penal.