SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A lista de organizações proibidas na Rússia aumentou nesta segunda-feira (19), quando a Procuradoria-Geral do país classificou de indesejável a Clooney Foundation for Justice. A entidade, criada pelo ator americano George Clooney e sua esposa, a advogada britânico-libanesa Amal Clooney, foi acusada de desacreditar Moscou.
“A fundação realiza trabalhos em escala hollywoodiana com o objetivo de desacreditar a Rússia, apoia ativamente falsos patriotas e membros de grupos terroristas e extremistas banidos”, disse o gabinete do Procurador-Geral pelo aplicativo de mensagens Telegram, sem fornecer evidências.
O gabinete acrescentou que “sob o pretexto de ideias humanitárias”, a organização promove iniciativas para a persecução criminal da liderança máxima de Moscou e dissemina publicamente avaliações negativas da legislação russa sobre agentes estrangeiros e ONGs.
A entidade não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da agência de notícias Reuters.
Desde o início da Guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022, as autoridades russas intensificaram a repressão contra as vozes dissidentes a lista inclui veículos de mídia e grupos políticos, culturais e religiosos que, segundo Moscou, representam uma ameaça à segurança do país.
No início de agosto, por exemplo, a Procuradoria-Geral russa declarou indesejável a fundação alemã Konrad Adenauer, que tem como objetivo promover a democracia. Em julho, o jornal The Moscow Times também foi proibido.
A repressão atinge também indivíduos. Na última quinta-feira (15), Ksenia Karelina, uma russo-americana de 32 anos, foi condenada por “alta traição” após investigadores descobrirem que ela fez uma doação no primeiro dia da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a uma ONG pró-Kiev.
Seus apoiadores dizem que ela doou US$ 51,80 para a Razom for Ukraine, uma instituição de caridade sediada em Nova York que fornece ajuda humanitária a crianças e idosos na Ucrânia. A organização nega fornecer qualquer apoio militar ao país do Leste Europeu.
Redação / Folhapress