Por que Palmeiras optou por silêncio após briga e vitória no clássico

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O torcedor do Palmeiras que tinha a expectativa de ver a coletiva de Abel Ferreira ou ouvir os jogadores na zona mista, após a vitória no último suspiro contra o São Paulo, foi frustrado com o silêncio do lado alviverde por causa das confusões em campo após o apito final.

POR QUÊ?

Palmeiras e São Paulo estão na mesma chave da Copa Libertadores e, se ambos avançarem neste meio de semana, se enfrentam nas quartas de final. A diretoria palmeirense escolheu o silêncio após o confronto para não inflamar ainda mais o ambiente que já era de muita provocação e que poderia acarretar mais problemas em um possível cenário no futuro.

Problemas com a arbitragem. Abel Ferreira e João Martins fizeram reclamações públicas contra a arbitragem nos últimos jogos do Palmeiras, e a comissão técnica ficou inconformada com as decisões tomadas por Raphael Claus durante o jogo. João Martins foi expulso, Abel levou amarelo e o técnico português faria mais um desabafo na coletiva. O Palmeiras ressaltou em seu posicionamento após o jogo que as cenas lamentáveis de brigas foram “potencializadas por mais uma arbitragem desastrosa”.

Entrevista pós-jogo já deu dor de cabeça ao clube no duelo contra o Botafogo. Após a derrota por 2 a 1 contra o Botafogo, Estêvão disse na saída de campo que o rival sofreria no Allianz Parque da mesma forma que o Palmeiras sofreu no Nilton Santos. Minutos depois ele passou pela zona mista, jornalistas pediram para que ele voltasse a falar e ele respondeu que foi proibido — uma orientação do Palmeiras.

São Paulo seguiu o protocolo do pós-jogo normalmente. Maxi Cuberas (auxiliar de Luis Zubeldía) participou da coletiva de imprensa e Lucas passou na zona mista para conversar com os jornalistas.

VITÓRIA QUE DÁ MORAL

O Palmeiras entrou no clássico com apenas uma vitória nos últimos sete jogos, e se não vencesse a partida poderia colocar ainda mais fervura para o jogo decisivo contra o Botafogo, na quarta-feira (21), pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores.

Foi possível sentir a tensão no Allianz Parque com o 1 a 1 no placar, e ela só aumentou após o gol anulado de Lázaro por interferência de Flaco López, o que deixou a torcida furiosa. Parte da torcida chegou a cantar: “A taça Libertadores é obsessão”.

No entanto, tudo mudou quando Flaco López ganhou no alto de Rafael e marcou o gol da vitória nos minutos finais do jogo. O estádio explodiu, os palmeirenses foram à loucura e comemoram muito após o apito final.

A reportagem apurou que o clima no vestiário foi de muita festa após a partida —como há um bom tempo não se via. A vitória no clássico foi um combustível a mais para o jogo decisivo contra o Botafogo.

FLAVIO LATIF / Folhapress

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