Disney desiste que tentava anular processo sobre mulher que morreu em parque

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Disney resolveu desistir de tentar interromper que o processo de Jeffrey Piccolo contra a empresa siga em um tribunal. Anteriormente, a empresa tentou anular a judicialização de uma morte em um de seus parques temáticos, usando regras do Disney+, serviço de streaming da multinacional, para isso.

Josh D’Amaro, diretor da Disney, confirmou que a empresa não vai impedir a judicialização do caso. Em nota enviada à Reuters, ele escreveu: “Acreditamos que esta situação justifica uma abordagem sensível para agilizar uma resolução para a família que sofreu uma perda tão dolorosa. Assim, decidimos renunciar ao nosso direito à arbitragem e levar o assunto a tribunal”.

Empresa tinha dito que processo não poderia correr em tribunal por casal ter assinado Disney+. A empresa havia alegado que o casal assinou o serviço de streaming da Disney por um mês em 2019, e como os termos de compromisso afirmam que as disputas judiciais com a Disney devem ser realizadas fora dos tribunais, este caso não poderia ser julgado oficialmente.

Mulher morreu após uma crise de alergia em parque da Disney. Em outubro de 2023, a médica Kanokporn Tangsuan, de 42 anos, morreu após jantar em um restaurante do Walt Disney Resort, na Flórida, por consumir laticínios e nozes. Ela era severamente alérgica aos dois alimentos. Segundo seu marido, Jeffrey Piccolo, eles avisaram os atendentes do restaurante na hora do pedido.

Marido processou Disney, alegando que morte era “completamente evitável”. No processo, o advogado do casal afirma que “confiou na Disney para seguir os protocolos adequados e cumprir suas repetidas promessas de servir alimentos livres de alérgenos”. Piccolo pede pouco mais 50 mil dólares (cerca de R$ 273 mil) em indenizações e pagamentos pelos processos funerários.

Advogados consideraram argumento anterior da Disney “absurdo”. “A noção de que os termos acordados por um consumidor ao criar uma conta de teste gratuita da Disney impediriam para sempre o direito desse consumidor a um julgamento por júri em qualquer disputa com qualquer afiliada ou subsidiária da Disney é tão absurdamente irracional e injusta a ponto de chocar a consciência judicial, e este tribunal não deve impor tal acordo”, escreveram.

THIAGO BOMFIM / Folhapress

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