SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Numa simulação de segundo turno da eleição paulistana que opõe Ricardo Nunes (MDB) a Guilherme Boulos (PSOL), o atual prefeito da capital bateria o deputado federal por 47% a 38%, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha.
O instituto não testou um cenário de confronto entre os dois candidatos e Pablo Marçal (PRTB) porque na pesquisa anterior, há duas semanas, o influenciador ainda não havia empatado tecnicamente com Nunes e Boulos, o que foi aferido apenas na rodada atual. As questões sobre intenção de voto no primeiro e no segundo turno são feitas de forma concomitante.
O Datafolha ouviu nela 1.204 eleitores, num trabalho com margem de erro geral de três pontos percentuais para mais ou menos. Registrada no TSE sob o número SP-08344/2024, ela foi contratada pela Folha de S.Paulo e pela Rede Globo.
Na pesquisa passada, o prefeito batia na simulação o psolista por 49% a 38% numa segunda rodada do pleito. No atual levantamento, o cenário com os dois candidatos no tira-teima registra 13% de eleitores que afirmam preferir votar em branco ou nulo -mesmo índice apontado há duas semanas.
O duopólio Nunes-Boulos foi agitado agora por Marçal, que afeta principalmente o atual prefeito. O influenciador mira o voto bolsonarista nominalmente de Nunes, que recebeu apoio formal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Caso fique fora do segundo turno, os votos de Marçal migrariam preferencialmente (66%) a Nunes, ante 9% que iriam de Boulos e 24%, que anulariam. Já 44% dos eleitores de Datena iriam para o prefeito, que se declara de centro-direita e conservador, e 36%, para o psolista.
Do cesto de votos da candidata Tabata Amaral (PSB), que se vende como ponto de equilíbrio na polarização nacional que tomou a campanha municipal, 50% iriam para o nome do PSOL e 34%, para o do MDB.
IGOR GIELOW / Folhapress