SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma única concorrente venceu a licitação da prefeitura de São Paulo e deve administrar o Campo de Marte, na zona norte da cidade, que será transformado em parque, por 35 anos. O vencedor foi o Consórcio Cântaro SP.
O critério de julgamento foi a maior oferta de outorga inicial a ser paga pelos candidatos à prefeitura, o poder concedente. Nesse caso, o valor da concorrente solitária foi R$ 308 mil. O mínimo estabelecido pelo edital era de R$ 305.613.
O valor total do contrato é de R$ 614 milhões, segundo a prefeitura, incluindo um investimento de R$ 202 milhões por parte do consórcio. A conclusão do processo ainda depende de uma análise dos documentos de habilitação do Consórcio Cântaro SP e, em até 15 dias úteis, da publicação do resultado no Diário Oficial da Cidade.
Resultado de um acordo entre município e União para um conflito que se arrastava desde a Revolução Constitucionalista de 1932, o parque no Campo de Marte será implantado dentro da área de 406 mil metros quadrados que ficou com a cidade 20% do terreno de mais de 2 milhões de metros quadrados.
Segundo a prefeitura, a área concedida para o parque será de 385 mil metros quadrados.
Análises de representantes do poder público e do setor privado apontam o futuro parque com potencial para tornar o equipamento a nova vitrine ao ar livre da cidade, a exemplo do ocorrido após a concessão do Ibirapuera.
O recurso para os investimentos deverá ser obtido com a exploração da publicidade e, principalmente, o aproveitamento da vocação da região para a realização de eventos, como mostrou reportagem da Folha.
Para o órgão da prefeitura responsável pela licitação, o Campo de Marte tem potencial para se tornar um equipamento público com valor comparável ao do parque do Ibirapuera para a cidade.
COMO SERÁ O PARQUE
O parque deverá ser dividido em três núcleos, conforme o edital. O primeiro, em uma área de mata atlântica e com 266 mil metros quadrados, receberá três estações de ginásticas, pistas de caminhada, ciclovia e trilhas.
Também terá parque infantil, quiosques e postos de aluguel de bicicleta. Parte do núcleo terá algumas restrições ao público devido a necessidade de preservação.
Para o núcleo 2, o edital prevê o empreendimento associado com infraestrutura para academia, coworking, área comercial e centro gastronômico.
O centro de convivência deverá manter os cinco campos de futebol, com vestiários feminino e masculino, além de churrasqueiras, parque infantil, quadra de bocha, pista de skate e de atletismo.
Já o núcleo 3 é reservado para escolas de sambas estacionarem carros alegóricos durante o Carnaval. O local, de 25 mil metros quadrados, ganhou o nome de Área de Apoio ao Carnaval e ficará à disposição da concessionária quando não estiver em uso pelo município.
Redação / Folhapress