SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em apresentação em São Paulo em maio deste ano, a colombiana Karol G se recusou a fazer o básico. Com estrutura enorme, como uma grande sereia cenográfica no palco, participações especiais de Pabllo Vittar, Dennis DJ e Kevin o Chris, trocas de roupa e balé, a cantora fez um show de mais de duas horas.
Ela mostrou porque seu giro “Mañana Será Bonito” se tornou a turnê latina mais lucrativa de uma artista feminina da história, e a segunda no ranking geral, ficando atrás apenas de Bad Bunny.
No dia 20 de setembro, que tem ingressos esgotados, ela se apresenta no Brasil mais uma vez, abrindo o palco Mundo para a headliner Katy Perry. A colombiana deve seguir com seus esforços para se tornar a próxima grande estrela latina global.
Karol foi criada em Medellín, tendo aparecido na versão colombiana do programa de calouros The X Factor quando ainda era adolescente. Sua carreira começou a deslanchar quando ela se mudou para Nova York há dez anos. Um dueto com o porto-riquenho Bad Bunny, “Ahora Me Llama”, de 2017, foi seu primeiro grande hit.
O sucesso de Karol G calhou com o estouro da música latina nos Estados Unidos, o que alavancou sua popularidade, inclusive entre artistas americanos. Nos anos seguintes, ela lançaria faixas com Migos, Jonas Brothers e Nicki Minaj ”Tusa”, seu dueto d e 2019 com a rapper, foi sua primeira música a entrar nas paradas americanas.
Além do reggaeton que domina sua Medellín, a cantora também é conhecida por sua facilidade em explorar gêneros de outros cantos da América Latina e Caribe o dembow e o dancehall jamaicanos e o merengue dominicano, por exemplo, também fazem parte de seu repertório, que cresceu em 2022 com “Mañana Será Bonito”, seu trabalho mais consistente até então.
O álbum abriu ainda mais portas para Karol G, que recebeu neste ano o prêmio de melhor álbum de música urbana do Grammy. A colombiana ainda assinou um contrato com a gravadora Interscope e fez uma canção para a trilha sonora do filme “Barbie”, um dos grandes fenômenos da cultura pop do ano passado.
Com toda a América Latina que fala espanhol, os Estados Unidos e a Espanha a seus pés, resta a Karol G quebrar a última barreira para artistas latinos o Brasil. É um mercado pouco penetrado por artistas do pop com as mesmas origens dela mas com um tamanho atrativo.
Karol é a segunda cantora de reggaeton a subir no palco do Rock in Rio no Rio de Janeiro Shakira se apresentou em 2013. A expectativa é de que ela use esta plataforma para se provar como a próxima grande artista latina e promover seu crescimento.
AMANDA CAVALCANTI / Folhapress