Quadrilha movimenta R$ 7,5 bi em fraudes financeiras

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas. Especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica.
Quadrilha movimenta R$ 7,5 bi em fraudes financeiras
Foto: Thiago Santos

A Polícia Federal de Campinas cumpre 77 mandados de prisão e de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 28, para desarticular uma quadrilha que movimentou mais de R$ 7,5 bilhões em fraudes financeiras.

Segundo a PF, a organização criminosa cometeu crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, usando bancos digitais não autorizados pelo Banco Central (BACEN).

A quadrilha mantinha sites com contas clandestinas que possibilitavam as transações financeiras de forma oculta, que eram usadas por facções criminosas e empresas com dívidas trabalhistas e tributárias.

Essas contas eram anunciadas como “garantidas”, porque seriam invisíveis ao sistema financeiro e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento, por exemplo, também privavam os correntistas de ter qualquer ligação com os bancos de hospedagem.

A movimentação financeira permitia que os envolvidos mantivessem um padrão de vida luxuoso, com carros de alto padrão.

A própria Febraban (Federação Brasileira de Bancos) chegou a denunciar o crime ao Ministério Público Federal.

Neste momento, 200 policiais federais cumprem 10 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de prisão temporária, e 60 mandados de busca e apreensão em 11 cidades do estado de SP (Paulínia, Jundiaí, Sorocaba, Votorantim, Embu Guaçu, Santana do Parnaíba, Osasco, São Caetano do Sul, São Paulo, Barueri e Ilha Bela) e em Belo Horizonte (MG).

Além das prisões e buscas, também foram determinadas judicialmente a suspensão das atividades de 194 empresas usadas pela organização criminosa e a suspensão da inscrição de dois advogados junto à OAB (1 em Campinas e 1 em Sorocaba), suspensão do registro de contabilidade de 4 contadores (2 em Campinas, 1 em São paulo e 1 em Osasco), além do bloqueio de valor de R$ 850 milhões em contas associadas à organização criminosa.

A operação segue em andamento.

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