SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Prata nas Olimpíadas de Paris 2024, Tatiana Weston-Webb terá a chance de colocar seu nome ainda mais na história do surfe brasileiro feminino e ser a primeira campeã mundial do país em um 2024 “bem emocional”. A brasileira disputará o título do Circuito Mundial, da WSL, em setembro.
“O ano foi cheio de altos e baixos. Não foi fácil, mas sempre acreditei que era possível, especialmente nas Olimpíadas. Foi um ano bem emocional, mas estou me sentindo super bem. […] Foi especial para mim por ganhar a medalha de prata e agora estar no Finals [disputa do título mundial], mas eu só quero poder seguir surfando e me divertir”, disse.
O QUE ACONTECEU
A “dobradinha” de Tati pode acontecer em um intervalo de aproximadamente um mês. A surfista conquistou a prata olímpica em 5 de agosto, enquanto a janela para o Finals vai de 6 a 14 de setembro, em Trestles (EUA)..
Tati vem embalada para a disputa do inédito título mundial de surfe. A brasileira foi vice-campeã na etapa de Fiji, resultado que a fez pular da sétima para a quinta colocação do ranking mundial e, consequentemente, conseguir a vaga no Finals, que será disputado entre as surfistas do top 5 do ranking.
“É muito difícil descrever como é diferente. As Olimpíadas acontecem a cada quatro anos, e para mim foi uma jornada gigante. Eu consegui a medalha e fiquei muito feliz, e agora tenho a chance de ganhar um título mundial também, e só pensar nisso é uma loucura, mas seria um outro sonho realizado”, afirma.
Resultados de Tati Weston-Webb no Circuito Mundial em 2024:
– Pipeline – quinto
– Sunset Beath – nono
– Peniche – terceiro
– Bells Beach – quinto
– Taiti – terceiro
– El Salvador – quinto
– Rio – terceiro
– Fiji – segundo
Ela precisará vencer literamente todas as adversárias para ser campeã. Como se classificou na quinta colocação, Tati terá de enfrentar e vencer, na ordem, Molly Picklum (quarta do ranking), Brisa Hennessy (terceira), Caroline Marks (vice-líder) e Caitlin Simmers (líder).
Além dela, Italo Ferreira representa o Brasil no masculino na briga pelo título mundial. O brasileiro também avançou após ficar na quinta colocação do ranking mundial e terá pela frente Ethan Ewing (quarto), Jack Robinson (terceiro), Griffin Colapinto (vice-líder) e John John Florence (líder).
COMO É A DISPUTA DO TÍTULO MUNDIAL?
Os cinco e as cinco melhores surfistas do ranking mundial se classificam para o Finals. O evento que define os campeões mundiais da temporada será em Trestles (EUA).
O quinto do ranking enfrenta o quarto. Quem vencer pega o terceiro. O novo vencedor encara o vice-líder. O surfista sobrevivente duela finalmente pelo título mundial com o líder do ranking na melhor de três baterias.
O Brasil conta com quatro campeões mundiais, mas busca o primeiro título no feminino. Gabriel Medina tem três troféus, Filipe Toledo é bicampeão, e Italo Ferreira e Adriano de Souzam somam um título cada.
Redação / Folhapress